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"A literatura é como a cocaína", diz Iggy Pop

France Press

"A literatura é como a cocaína, e a música é como a heroína: a primeira aguça o espírito, a segunda te idiotiza", disse Iggy Pop, 62, à agência de notícias France Press

O roqueiro lança no dia 1º de junho o disco "Préliminaires", inspirado no romance "A Possibilidade de uma Ilha", do escritor francês Michel Houellebecq.

"A literatura é muito importante para mim. O livro de Houellebecq ilustra coisas que eu tinha em mente em relação ao sexo, à morte e ao sexo oposto", explica o cantor. "Em minhas obras de juventude já havia muitos ecos de Burroughs, Kerouac e Ginsberg", acrescenta.

"Quando escrevi a música, me lembrei dessas impressões e de minhas cenas favoritas."

"Depois, Michel Houellebecq me disse que essas emoções eram muito fortes na música 'Spanish Coast', e que ele gosta em particular de 'A Machine For Loving', na qual junto música com suas palavras", explica um dos precurssores do punk com a banda The Stooges, cujo guitarrista, Ron Asheton, morreu em janeiro deste ano.

"Préliminaires" é um disco francófilo, e isso fica evidente além da influência de Michel Houellebecq. O disco começa e termina com uma versão em francês de "Les Feuilles Mort", clássico da canção francesa cuja letra é um poema de Jacques Prévert.

O álbum ainda foi ilustrado pela artista franco-iraniana Marjane Satrapi.

O cantor emprestou sua voz a um dos personagens de Satrapi na versão em inglês do desenho animado "Persépolis", filme baseado na autobiografia em quadrinhos homônima.

Iggy Pop voltará a trabalhar com Satrapi em outro filme, previsto para julho, desta vez, com atores de carne e osso.
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