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Notícias / Jogos Olímpicos 2012

Londres 2012: Todos os medalhistas devem passar por exame antidoping

G1

s Jogos Olímpicos de Londres prometem a maior operação antidoping da história olímpica.

Metade dos competidores será testada em exames antidoping, bem como todos os atletas que conquistarem medalhas, informam os organizadores. Além disso, mudanças na performance dos atletas serão observadas.

Haverá 150 cientistas para tirar 6 mil amostras entre o início dos Jogos Olímpicos e o fim dos Para-Olímpicos.

No total, o laboratório antidoping terá uma equipe de mil pessoas, para fazer 400 testes diários em busca de 240 substâncias proibidas pela Wada, a agência mundial antidoping.

Segundo John Fahey, presidente da Wada, nos últimos seis meses 'ao menos 107 atletas de esportes olímpicos de verão foram sancionados e banidos dos Jogos de Londres'.

Nos últimos dias, foram punidos ao menos três atletas: o grego Dimitrios Chondrokoukishas, do salto em altura, o húngaro Zoltan Kovago, de lançamento de disco, e a corredora marroquina Mariem Alaoui Selsouli.

'Passaporte biológico'

Nas semanas prévias à Olimpíada de 2012, nove competidores de atletismo foram banidos, sendo seis deles pegos pelo chamado 'passaporte biológico' dos atletas, que será usado pela primeira vez neste ano.

Esse 'passaporte biológico' monitora variações no sangue do atleta - algo que já é feito no ciclismo profissional, segundo a agência Associated Press - e será usado em Londres para observar mudanças de performance de competidores de atletismo, natação, ciclismo, remo, pentatlo e triatlo.

A Wada também adotará novos testes para identificar abusos na ingestão de hormônios de crescimento - uma das maiores preocupações das autoridades em Londres-2012, já que esses hormônios são de difícil identificação.

Ainda assim, e apesar da promessa de uma grande operação antidoping, as autoridades hesitam em classificar os Jogos de Londres como os mais 'limpos' da história.

'Você tem que perguntar isso aos 10 mil atletas que estão aqui (em Londres)', disse, segundo a AP, o diretor-geral da Wada, David Howman. 'Porque a responsabilidade tem que recair sobre os ombros deles, de provar ao mundo que eles vieram para cá limpos.'

Código

A Wada também revisou seu código para, a partir do ano que vem, possivelmente incluir um 'veto olímpico' aos atletas cuja ingestão de drogas for considerada grave.

Assim, um atleta pode ser banido de uma Olimpíada mesmo que sua punição expire antes da Olimpíada começar.

A iniciativa é parte de uma série de mudanças que serão enviadas para a consulta de órgãos esportivos e governos ao redor do mundo, antes de o código ser implementado, em 2015.
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