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PF deflagra operação contra desvio de R$ 3,8 milhões da Funasa em Tocantins
Folha Online
A Polícia Federal iniciou nesta terça-feira (26) uma operação contra o desvio de verbas públicas no Estado do Tocantins. A ação, batizada de Operação Covil, deve cumprir 37 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva de servidores públicos da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) no Tocantins.
As supostas irregularidades foram constatadas em obras de convênios da Funasa com o governo do Estado e com prefeituras tocantinenses. Uma auditoria realizada pela CGU (Controladoria Geral da União) identificou a participação irregular de funcionários da Funasa na execução de obras públicas. O desvio de verbas federais, segundo a PF, chega a R$ 3,8 milhões.
As investigações, que já duram um ano, indicam que funcionários da coordenação regional da Funasa desviavam recursos repassados pela própria entidade. Os funcionários, segundo a PF, recebiam propina e utilizavam empresas de fachada para desviar o dinheiro.
Entre as irregularidades, estão o pagamento de serviços não executados, a falsificação de assinatura de engenheiros, a atuação de engenheiros da Funasa como responsáveis técnicos pelas obras e a aprovação de projeto diferente do previsto no convênio.
Os mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos nos escritórios da Funasa em Brasília, em Tocantins, na Secretaria Estadual de Infraestrutura do Tocantins, no Departamento de Estradas de Rodagem do Estado e em sete prefeituras da região norte do Estado.
O coordenador regional da Funasa em Tocantins recebeu uma notificação de afastamento judicial nesta terça-feira, também como parte da Operação Covil.
Os investigados poderão responder pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção e fraude a licitação, além de ações por improbidade administrativa. As penas máximas dos crimes, se somadas, atingem 31 anos.
A Funasa foi contatada pela reportagem, mas ainda não se manifestou sobre a operação.