Serena Williams simplesmente não tomou conhecimento da russa Maria Sharapova na final do torneio feminino de simples do tênis da Olimpíada de Londres e faturou o ouro neste sábado.

Atual campeã de Wimbledon, Grand Slam cujo complexo de quadras é o palco do torneio olímpico, ela massacrou a adversária por 2 sets a 0, com parciais de 6/0 e 6/1, para se consagrar de vez como uma das maiores tenistas da história.

Com o ouro olímpico, Serena completou o chamado Golden Slam do tênis, pelo fato de já ter conquistado também os títulos dos quatro torneios de Grand Slam (Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open) do circuito profissional.

A tenista dos Estados Unidos igualou o feito obtido pela alemã Steffi Graf, que conseguiu uma proeza ainda maior ao ser campeã olímpica em 1988 no mesmo ano em que levou os quatro principais torneios da temporada.

Neste sábado, Serena precisou de apenas 63 minutos para liquidar Sharapova na quadra central de Wimbledon e consagrou uma campanha histórica nesta Olimpíada. Ela perdeu apenas 16 games em sua rota de cinco jogos até a decisão, sendo que também massacrou a bielo-russa Victoria Azarenka na semifinal, com parciais de 6/1 e 6/2.

Arrasadora desde o início neste sábado, Serena aproveitou três de quatro chances de quebrar o saque de Sharapova no primeiro set para fazer 6/0 e aplicar um "pneu" logo de cara. Na parcial, a russa contabilizou apenas 12 pontos, contra 28 da norte-americana, que não ofereceu nenhuma chance de quebra e ainda conseguiu sete aces.

No segundo set, Serena seguiu massacrando. Com duas quebras de saque em três oportunidades, a norte-americana abriu vantagem rapidamente de novo e salvou os dois únicos break points conseguidos pela russa em todo o confronto. E, com o terceiro ace nesta parcial, ela fechou o jogo em 6/1 diante da russa, que marcou apenas 13 pontos neste set. Um massacre de quem cometeu apenas sete erros não-forçados em todo o duelo em uma atuação impecável.

Serena também voltou a justificar a fama de freguesa que a russa tem diante da norte-americana, que venceu nove das 11 partidas disputadas entre as duas até hoje. A última vitória da tenista da Rússia aconteceu em 2004. De lá para cá, foram oito triunfos da norte-americana em oito partidas.

Atrás do tri
 
Serena ainda volta a jogar neste sábado no All England Club. Junto com a irmã Venus, ela disputa as semifinais da chave de duplas, contra as russas Maria Kirilenko e Nadia Petrova. Até aqui, uma campanha perfeita, de três vitórias, todas por 2 sets a 0. Campeãs em Sydney/2000 e Pequim/2008, elas já têm o Golden Slam e vão atrás do tricampeonato olímpico.

Em três campanhas em Jogos Olímpicos, as duas irmãs norte-americanas somam 13 vitórias e nenhuma derrota. E tudo isso perdendo apenas três sets de 42 jogados. Elas também vão atrás do sexto título na grama de Wimbledon, o segundo só este ano.

Se dependesse de Serena, ela iria atrás do título também nas duplas mistas e não faltavam candidatos a jogar com ela - os irmãos Bryan, Isner e Roddick haviam se oferecido -, mas os técnicos do time norte-americano optaram por poupá-la. De quinta a domingo, ela teria que fazer 10 jogos para disputar as três finais.

Mas, da forma com que vem sendo a campanha da norte-americana, isso não seria problema. Nos cinco jogos que fez desde quinta (quando começou a disputa das duplas mistas), ela só ficou em quadra por 308 minutos, pouco mais de uma hora por jogo. Roger Federer precisou de quase isso (266 minutos) só para passar por Del Potro, na semifinal masculina.