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Para ter 'um time de novo', Muricy aguarda Neymar, Ganso e Patito

Globo Esporte

 Lá se foram seis jogos desde que Neymar e Paulo Henrique Ganso deixaram o Santos para a disputa das Olimpíadas de Londres. O saldo no Campeonato Brasileiro não é dos mais favoráveis: apenas uma vitória, dois empates e três derrotas - a última delas no domingo, por 3 a 0, para o Náutico, no Recife.

Até por isso, o retorno da dupla - esperado para daqui dez dias, contra o Figueirense - já é aguardado ansiosamente por Muricy Ramalho. Mas não só eles. O treinador santista também espera a liberação do meia-atacante Patito Rodriguez, que ainda não está inscrito na CBF

- O time muda muito com a volta dos dois (Neymar e Ganso) e de alguns que estão no elenco, além do (Patito) Rodriguez regularizado. Ele (Patito) já mostrou que é diferente. O Brasileiro não perdoa (desfalques), mas é o que temos nesse momento - avaliou o treinador.

Para Muricy, as ausências da dupla que está na Seleção, do argentino e de atletas que estão no departamento médico do clube - como o zagueiro e capitão Edu Dracena (que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito), que só voltará a jogar em 2013 - não atrapalham só a escalação do time que irá a campo nas partidas, mas deixam o time ainda mais carente de opções para alterações durante um jogo.

Contra o Náutico, por exemplo, o treinador ainda teve os desfalques de Adriano e Arouca, e precisou apostar nos jovens Pedro Castro e Leandrinho, oriundos das categorias de base e que nunca haviam atuado como titulares na equipe profissional. Para quarta-feira, diante do Cruzeiro, às 21h50, na Vila Belmiro, os volantes estarão de volta. Mas em princípio, só eles.

- Quando temos condições de mudar (a equipe), é diferente. Hoje só temos condições de mudar no meio-campo, com o Adriano e o Arouca. Mas eles jogam atrás, e não na armação. Ou chegam jogadores ou voltam os que estão na Seleção, para termos um time de novo - considerou.

Muricy, contudo, reconhece que a vinda de reforços será difícil. O próprio treinador admitiu que não tem a mesma confiança de antes de que caras novas chegarão à Vila Belmiro. Revelou que o clube ainda trabalha algumas "possibilidades" no mercado, mas que os valores pedidos estão elevados.

- Antes da janela (de transferências de atletas vindos do exterior fechar), eu tinha mais confiança (de que viriam reforços). Agora, complicou um pouco. Deixamos passar. Existem possibilidades que estamos tratando, mas quando precisamos, o preço aumenta. Pagamos por não termos nos organizado melhor, mas não podemos abaixar o braço - lamentou.

Mercado e desfalques

Após a eliminação na Taça Libertadores da América, o Santos contratou Bruno Peres, João Pedro, Miralles, Bill e Patito Rodriguez. Destes, apenas Patito ainda não estreou - a Associação de Futebol da Argentina (AFA) ainda não liberou a documentação para que ele tenha seu nome registrado no Boletim Informativo Diário (BID), devido a uma dívida do ex-clube do meia, o Independiente, com a entidade. Tanto que o pai do atleta acionou a Justiça comum argentina para que a AFA libere o jogador.

No entanto, o clube fracassou na tentativa de contratar jogadores como Ariel Cabral, Juan Martínez (assinou com o Corinthians), Rafael Moura e os ex-meninos da Vila Robinho e Diego. Hoje, o alvo alvinegro é o atacante Zé Carlos, artilheiro da Série B pelo Criciúma. A vinda do atleta para o Peixe, no entanto, é considerada difícil pelo próprio Muricy Ramalho.

Diante do Cruzeiro, porém, o Santos terá que buscar a reabilitação no Brasileirão ainda bastante desfalcado. Muricy não terá à disposição Neymar, Ganso, Edu Dracena, Rafael Cabral (trauma no cotovelo direito), Rafael Galhardo (lesão no dedinho do pé esquerdo) e Fucile (foi operado no pé esquerdo), e ainda não sabe se Bernardo - vetado do jogo contra o Náutico após voltar a sentir dores na coxa direita - estará apto para ir a campo.

Passadas 14 rodadas, o Alvinegro está em situação delicada: é apenas o 16º colocado do torneio, com 13 pontos - um a mais que o Bahia, time que encabeça a zona de rebaixamento.
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