O prefeito de Matupá, Fernando Zafonato (DEM) conseguiu se desvencilhar de um impedimento legal que retirava a sua condição de candidato natural à reeleição no município, que tem sua importância por ser berço político do governador Silval Barbosa (PMDB), primeiro prefeito da cidade na década de 90.
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Cenário de um dos crimes mais bárbaros cometidos no Brasil contra assaltantes e sequestradores - linchados em praça pública na frente da televisão em imagens que ganharam o mundo - e recentemente julgado após 20 anos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Matupá é hoje uma das cidades que mais cresce em Mato Grosso
O ministro Marco Aurélio de Mello cassou a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT) que havia afastado o prefeito de suas funções e ainda lhe garantiu a condição de elegibilidade, ou seja, ele pode ser candidato à reeleição. Essa não é a primeira vez que é cassado desde que foi eleito prefeito do município, localizado a 720 quilômetros da Capital, mas em todas as decisões, o TSE reverteu os entendimentos, tanto do Juízo local como do TRE/MT.
“Não existem irregularidades, apenas ações políticas orquestradas contra o meu cliente”, disse o advogado Ronan de Oliveira, sinalizando que, além de cumprir a lei, Zafonato obteve elogios pela retidão com que conduz a administração municipal na apreciação de suas contas pelo Tribunal de Contas do Estado.
Para melhorar a situação, Zafonato vai enfrentar nas urnas o exprefeito Valter Miotto, réu por crime de improbidade administrativa na Justiça Federal em Sinop e que tentou bloquear a ação no Superior Tribunal de Justiça. O STJ, além de não conceder a suspensão do processo, ainda manteve o ex-administrador como responsável pelas compras superfaturadas. Se condenado, Valter Miotto se torna ficha suja e estaria impedido de ser candidato, mas como ainda não foi condenado é preciso aguardar.