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Ala do DEM quer Kassab governador em 2010

AE

 Animados por pesquisas de intenção de voto que mostram o prefeito paulistano, Gilberto Kassab (DEM), bem posicionado no Estado de São Paulo, aliados começaram a alimentar o nome do prefeito como possibilidade para entrar na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes em 2010. A articulação, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, tem como objetivo principal tentar evitar que o ex-governador e secretário estadual de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, seja o candidato tucano ao governo paulista.

Apesar de apontada até por aliados de Kassab como uma possibilidade extremamente remota, a tese de lançar o prefeito dificultaria uma articulação pró-Alckmin no PSDB, dando força, na prática, à candidatura do secretário da Casa Civil no Estado, Aloysio Nunes Ferreira, que tem boa relação com o DEM. Também fortaleceria Kassab para viabilizá-lo como principal nome para disputar o governo do Estado em 2014.


Desde a eleição municipal de 2008, a relação entre DEM e Alckmin não é das melhores. No ano passado, o ex-governador saiu enfraquecido da disputa pela prefeitura paulistana, depois de resistir a uma composição com Kassab. Acabou ficando fora do segundo turno. Ultimamente, o tucano tem buscado se reaproximar do DEM. Ele se encontrou recentemente com um dos principais líderes do partido, o ex-senador Jorge Bornhausen.


Nas sondagens, Kassab aparece com 38% das intenções de voto, contra 48% de Alckmin. O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), confirmou que o partido teve conhecimento da pesquisa. “É importante ter um nome bem colocado nas pesquisas, mas tudo vai passar por (José) Serra (governador paulista)”, afirmou. “Acho difícil que o Kassab faça qualquer movimento que vá de encontro ao do Serra.”


De acordo com Bornhausen, o partido vai manter seu acordo com o PSDB. “Nosso primeiro compromisso é apoiar o candidato lançado por Serra. O segundo é ceder a vaga para o Senado a Orestes Quércia (ex-governador paulista). E o terceiro é lançar como candidato majoritário Afif Domingos (secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho)”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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