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Palmeiras busca calibrar pontaria contra uruguaios do Nacional
Folha Online
Pontaria não tem sido o forte do Palmeiras em 2009. E é justamente no momento mais importante da temporada, quando o time abre as quartas de final da Libertadores diante do Nacional, hoje à noite, que o time vai precisar calibrá-la.
Se o problema fosse apenas o recente jejum de três partidas sem marcar gols, sendo duas pelo Brasileiro, não preocuparia tanto os brasileiros.
O que incomoda o elenco antes do confronto frente aos uruguaios é a queda de rendimento nas finalizações do time, comparando com a média do Campeonato Paulista.
Se no Estadual os jogadores acertavam quase 39% dos chutes a gol, na Libertadores o aproveitamento beira os 28%.
Apesar de ser dono do melhor ataque do torneio, com 17 gols, sete deles (mais de 41%), foram contra o fraquíssimo Real Potosí, da Bolívia, na primeira fase --uma espécie de repescagem da Libertadores.
Ou seja, desde que estreou na etapa de grupos, o Palmeiras marcou 10 tentos em oito duelos, pouco mais de um por jogo.
O Grêmio, que teve até aqui o segundo ataque mais positivo da competição e que não jogou a repescagem, anotou 16.
Somadas as apresentações palmeirenses a partir da segunda fase, o time arriscou 120 chutes a gol e só acertou 34.
"Não acho que seja questão de treino. A gente sempre treina finalização. No jogo, depende muito da ocasião. O Palmeiras tem criado muitas chances, e se a bola não entrou nos dois últimos jogos, foi por fatalidade", diz o atacante Keirrison.
O centroavante, que vem sendo criticado por parte da torcida devido às suas últimas exibições, é o artilheiro do time no interclubes, com seis tentos.
O camisa 9 também tem boa média de acertos nos arremates. Dos 21 que tentou, acertou 10 (quase 48%). E carimbou a trave em outros quatro.
"A gente procura fazer nos jogos aquilo que treinamos. Nossa média de finalizações é boa, só está faltando colocar a bola para dentro", afirma o atacante Ortigoza, que marcou um gol na Libertadores.
O defeito no fundamento não vem atrapalhando o Palmeiras apenas na Libertadores.
No Brasileiro, onde o time só fez dois gols em três partidas, a pontaria é ainda menos eficaz. Dono do terceiro pior ataque no início de campeonato, a equipe acerta pouco mais de 27% das finalizações tentadas.
"Fazer gols na Libertadores é muito importante, pois o saldo conta", diz Ortigoza.
"É claro que uma hora a bola vai voltar a entrar", aposta Keirrison, que também destaca a importância de não ser vazado no Parque Antarctica devido ao peso do gol marcado fora.
A partida de volta, em Montevidéu, está marcada para o dia 17 de junho. O longo intervalo entre um confronto e outro se dá pelas datas reservadas para as eliminatórias sul-americanas, no começo do mês.
NA TV - Palmeiras x Nacional, Sportv, ao vivo, às 22h