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Notícias / Jogos Olímpicos 2012

Advogado de Cuiabá rasga a camisa da seleção brasileira após derrota

Globo Esporte

O advogado cuiabano Daniel Muller, genro do também advogado e jornalista João Pedro  Marques (JPM), foi destaque na imprensa nacional, após rasgar a camisa que usava da seleção brasileira de futebol nas ruas de Londres, logo depois de o Brasil perder para o México a disputa da medalha de ouro nas Olimpíadas 2012.

O protesto do advogado revela o quanto os torcedores brasileiros ficaram frustados com a derrotada do Brasil, que segue sem uma medalha de ouro no futebol, o maior esporte do país. A seleção comandada por Mano Menezes perdeu para a equipe do México, a exemplo do ocorrido na última olimpíada, em Pequim.

Confira abaixo  matéria do Globo Esporte na íntegra

Frustrados, torcedores colocam a prata na conta de Mano e Neymar

Olhares perdidos, cabeças baixas, frustração e uma ponta de incredulidade. O carnaval que tomou conta de Wembley antes da hora neste domingo se transformou em clima de velório após a derrota por 2 a 1 do Brasil para o México na final do futebol nos Jogos Olímpicos de Londres. Toda confiança dos brasileiros, que foram maioria no lendário estádio inglês, se transformou em silêncio que só era quebrado por entusiasmados gritos de “Arriba, México” ou por desabafos em busca de culpados pelo terceiro revés em uma decisão de Olimpíadas. E o ranking dos “vilões” foi liderado por Mano Menezes, seguido de perto por Neymar.

Entre os maiores questionamentos dos brasileiros, foi quase unanimidade a crítica pela entrada do são-paulino Lucas apenas nos minutos finais. Impacientes e ainda no calor da derrota, os torcedores pediram uma troca no comando.

– Estavam ali três dos melhores jogadores do Brasil: Lucas, Ganso e Pato no banco. Deixam para substituir no último minuto ou nem substituir? A culpa é de quem? Do técnico. Está tudo errado. Fora Mano, pelo amor de Deus. Nosso técnico se chama Muricy – disse Claudinei Ferreira, de Uberlândia.

Também mineiro de Uberlândia, Marcos Vinícius Moura reforçou as palavras do conterrâneo e elogiou a participação do reforço do PSG.

– O Mano é o culpado. Ele tinha que ter escalado o Lucas mais cedo. Demorou muito. Ele foi omisso. Tanto que depois que o Lucas entrou o Brasil fez o gol e melhorou.

Menos exaltado, o paulista Rafael Brito utilizou mais argumentos para expor sua insatisfação com Mano Menezes e lamentou a ausência de Ganso na decisão. Preocupado, o torcedor acredita que uma mudança é fundamental para que um novo revés não aconteça na Copa do Mundo de 2014, em casa.

– Estamos com dois anos de trabalho do Mano e ainda não temos um time. Se você olhar quem estava aí, o nosso time ainda não está pronto. Não temos esquema, o fim do jogo foi um desespero só, cheio de atacantes achando que iam resolver. Podia ter colocado o Ganso. Ele veio aqui fazer turismo? Ele (Mano) trouxe o Hulk acima dos 23, não trouxe zagueiro, não trouxe goleiro, e deixou o Hulk no banco? É hora de mudar. De repente salva para Copa.

Nem todos, no entanto, colocaram a frustração de Wembley na conta do treinador. Pelo menos não somente, como fez o corintiano Naílton Bispo, de São Bernardo do Campo. Para ele, Rafael e Neymar dividem o culpa com Mano.

– No primeiro gol, o cara (Rafael) quis fazer gracinha. Ele podia ter tocado simples para o goleiro, mas quis driblar, deu toquinho... E foi ali que matou. Com 30 segundos! O Neymar quis fazer o marketing dele. Mesmo perdendo ficou de driblezinho, querendo aparecer.

Mais exaltado da turma, Daniel Muller, de Cuiabá, chegou a rasgar a própria camisa da Seleção no auge da raiva. Para ele, que despejou sua ira sobre Neymar, a vaidade dos brasileiros foi preponderante para a derrota diante dos mexicanos.

– O culpado é Neymar. Foi muito mais culpa dos jogadores. O que o Mano podia fazer? Foi muito salto alto. O Neymar joga muito contra o XV de Piracicaba, hoje não fez nada.

Com Neymar em campo e Mano Menezes no banco de reservas, o Brasil volta a campo na próxima quarta-feira, para amistoso diante da Suécia, em Estocolmo.

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