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Contas municipais não fecharão sem ajuda do Congresso, adverte Ziulkoski

De Brasília - Marcos Coutinho

Reeleito presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), o eterno prefeito de Mariana Pimentel (RS), Paulo Roberto Ziulkoski, advogado gaúcho de 57 anos, advertiu que as contas das prefeituras não fecharão nunca sem a ajuda do Congresso Nacional, que precisa reavaliar todo arcabouço legal das transferências da União, além de garantir a aprovação de leis que fortaleçam as cidades.

"Infelizmente, as contas não fecham e nunca fecharão. É maticamente impossível diante de tantas distorções", ponderou Ziulkoski, em discurso proferido em sua posse, realizada ontem em Brasília.
 
Em entrevista para o Olhar Direto, o líder municipalista ressalta que, apesar de todos os avanços e conquistas dos últimos anos, as prefeituras ainda têm sérios problemas e desafios a enfrentar, além da correção de injustiças históricas.

É "bastante injusto", exemplifica Ziulkoski, que a União invista apenas 5% em Saúde, os Estados 14% enquanto os municípios são obrigados a investir muito mais do que esses percentuais.

"Tudo isso precisa ser corrigido. Não podemos mais ter somente mais ônus e obrigações". pondera o presidente da AMM, observando que muitas conquistas já foram obtidas como o aumento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), liberação da Cide, incorporação do ITR e repasses extras de R$ 70 bilhões, nos últimos 12 anos.

São conquistas parciais, segundo ele, que precisam ser ampliadas, especialmente com relação às dívidas dos municípios com a Previdência. Essa é outra conta, ressalta, que precisa ser fechada sob pena do estragulamento financeiro de centenas de municípios. 
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