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Testemunha afirma para a polícia que trio confessou ter matado menina

G1

Uma testemunha protegida pela polícia pode ser a peça chave para resolver o caso da menina de 13 anos morta a socos por uma boxeadora, namorada da própria mãe, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Por causa da repercussão do caso, uma pessoa procurou a delegacia e afirmou que Ana Luiza Ferreira, mãe da vítima, Elizabeth Fernandes dos Santos, companheira da mãe, e Carlos José Bento de Souza, ex-marido de Ana Luiza, confessaram serem os responsáveis pela morte da criança.

Ana Beatriz de Souza foi morta no último dia 14 de junho, dentro da própria casa, no Jardim Anhanguera. Além da mãe, que já está presa, Elizabeth e José Bento de Souza, ex-marido de Ana Luiza, também são suspeitos de participar do crime e estão foragidos. O corpo da menina foi encontrado na Rodovia Anchieta com várias fraturas e ferimentos pelo corpo, além de sinais de esganadura.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Luiz Evandro Medeiros, um homem resolveu procurar as autoridades e avisar que o trio havia confessado o crime. "Essa testemunha, depois que soube do envolvimento dos três, veio até a delegacia e fez a denúncia. Segundo ele, os três o procuraram e, em determinado momento, confidenciaram que participaram do assassinato da menina. Eles não deram detalhes, mas teriam supostamente confessado a autoria", conta.

Medeiros acredita que os investigadores estão muito próximos de encontrar Elizabeth e Carlos José, que continuam foragidos. Segundo o delegado, os dois já foram vistos algumas vezes por pessoas que fizeram denúncias relatando supostos paradeiros. "A Elizabeth realmente fugiu para a região de Guarulhos. Já o José Carlos está nas proximidades de Itanhaém, no litoral sul. Algumas pessoas viram os dois e ligaram para a polícia denunciando o paradeiro dos suspeitos", fala.

Cartas
A polícia encontrou um caderno junto ao corpo da menina, jogado na Rodovia Anchieta. Dentro do caderno estavam duas cartas, uma para Elizabeth e outra para Ana Luíza. Nas cartas a vítima alegava que muitas vezes se sentia excluída em casa, mas também afirmava gostar bastante da mãe e da suposta assassina. Confira os bilhetes:

“Mãe, não sou uma boa filha, mas não estou fazendo essa carta para que você chore ou fique com pena, só quero que saiba que eu te amo muito. Mesmo não acreditando. Sou sua filha, mas às vezes sinto como se fosse uma intrusa nessa família. Mesmo assim te amo e gosto muito de você, da Beth e do Luiz. Desculpa por ser assim tão desobediente, é meu jeito”.

“Beth, sei que tenho te tratado muito mal, mas quero que saiba que não é porque não gosto de você, mas sinto que às vezes sou intrusa. Fico muito sozinha e estressada. Mas eu gosto muito de você e sei que sente saudade das suas filhas”.

O crime
A mãe de Ana, Beatriz, que já foi detida, afirma que a filha foi morta por Elizabeth durante uma discussão familiar. A polícia, porém, trabalha com uma outra hipótese. "Nós temos testemunhas que garantem que o ex-marido dela é traficante e usava a mãe e a adolescente para transportar drogas. A menina teria perdido uma quantidade de drogas, o que motivou uma cobrança dos mais velhos. A mãe e a Elizabeth resolveram se desfazer da criança para compensar a cobrança por parte dos traficantes", explica o delegado
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