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Viracopos é o 1º aeroporto do país a iniciar concessão das atividades

G1

A transferência do gerenciamento para iniciativa privada do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), começou a ser realizada nesta segunda-feira (13), após a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Essa é a primeira etapa antes da concessionária assumir completamente as atividades, situação prevista para ocorrer em fevereiro de 2013 se não houver prorrogação do prazo. A Anac informou que em Guarulhos e Brasília a aprovação ainda não foi emitida.

Inicialmente, a operação continua sob responsabilidade da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), mas, com a autorização da Anac, emitida nesta sexta-feira (10), a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos passa a acompanhar o trabalho pelos próximos 90 dias e terá livre acesso a todas as instalações.

Segundo a Anac, após os três meses iniciais, a concessionária irá operar o aeroporto com o monitoramento da Infraero. Se o cronograma previsto se cumprir, daqui a 180 dias, em fevereiro de 2013, a Aeroportos Brasil assume Viracopos em definitivo. Há a possibilidade também do prazo ser prorrogado por mais seis meses.

A Aeroportos Brasil Viracopos informou que não pode passar detalhes do Plano de Transferência Operacional (PTO) aprovado pela Anac. Umas das principais etapas no processo de concessão agora é a emissão do licenciamento de instalação por parte da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).

Com o documento em mãos, a concessionária poderá iniciar as obras de ampliação do aeroporto. Um parecer técnico da Prefeitura de Campinas foi enviado para a Cetesb, e a expectativa da Aeroportos Brasil é que, ainda em agosto, as mudanças estruturais comecem a ser realizadas em Viracopos.

Segundo a Cetesb, a concessionária entregou o documento em 4 de julho e a previsão é que, em até 60 dias a partir da data, a análise, que avalia detalhes ambientais, seja concluída.

Obras
O diretor-presidente da Aeroportos Brasil Luiz Alberto Küster foi ouvido por uma Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara de Vereadores em Campinas em julho. Na ocasião, ele mencionou que a primeira etapa do projeto, com custo estimado em R$ 1,4 bilhão, prevê a construção de um novo terminal de passageiros com capacidade para o transporte de 14 milhões de pessoas por ano, que deve contar com 28 pontes de embarque, com intuito de dispensar o uso de ônibus para os passageiros entrarem e saírem dos aviões. Pelo projeto, serão disponibilizadas mais 4,5 mil vagas de estacionamento, além das duas mil já existentes.

Segundo Küster, a previsão é que seja construída uma nova pista de pouso entre 2018 e 2019. Para ele, a estrutura atual para os aviões é suficiente a médio prazo. O gargalo está no atendimento aos usuários do aeroporto. “O que não tem é um terminal de passageiros adequado”, disse. No fim da concessão, em 2042, o diretor-presidente projeta que Viracopos atenderá 80 milhões de pessoas por ano, oito vezes mais que atualmente, além de possuir três pistas de pouso. O complexo deverá abrigar shopping center, centro de convenções e três hotéis.

A longo prazo, Küster também menciona que o aeroporto terá capacidade para transportar três vezes mais carga dos que as atuais 300 mil toneladas. A Aeroportos Brasil Viracopos é formada por três empresas, Triunfo Participações e Investimentos, com 45%, a UTC Participações, também com 45%, e a francesa Egis Airport Operation, com 10%. O diretor-presidente disse que, até o fim da concessão, devem ser investidos R$ 3 bilhões e 800 milhões.
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