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Senado investiga se apartamento usado por ex-diretor da Casa foi depenado

Folha Online

O Senado vai investigar a denúncia de que João Carlos Zoghbi, ex-diretor de Recursos Humanos da Casa, teria depredado parte do apartamento funcional do Senado ocupado pelo seu filho até o início deste ano. O terceiro-secretário do Senado, Mão Santa (PMDB-PI), disse que determinou nesta quinta-feira a abertura de sindicância para apurar a denúncia de depredação no apartamento cedido a Zoghbi.

"Recebemos denúncia de que familiares do Zoghbi depenaram o apartamento funcional. Eu mandei uma comissão ir lá para investigar. Isso pode ter sido feito por terceiros, mas aí é crime também porque tem a ver com patrimônio público", afirmou Mão Santa.

A Folha Online procurou o advogado de Zoghbi, Antonio Carlos de Almeida Castro, que não atendeu às ligações da reportagem. Kakay, como é conhecido o advogado, está em viagem ao exterior.

Zoghbi pediu demissão do cargo depois de ser acusado de ceder o apartamento funcional ao seu filho, mesmo morando em uma mansão em Brasília. O apartamento teria sido reformado no ano passado para acomodar o filho recém-casado do diretor. Antes da reforma, o imóvel foi ocupado por outro filho de Zoghbi e sua ex-mulher, sem que o diretor morasse no local.

O ex-diretor foi indiciado pela Polícia Legislativa da Casa por formação de quadrilha e corrupção passiva. O servidor é acusado de beneficiar empresas de sua família em operações de crédito consignado firmadas pelo Senado junto a bancos que prestam serviços à instituição.

Zoghbi é suspeito de usar o nome de sua ex-babá, Maria Izabel Gomes, 83, que mora na casa dele, para abrir três empresas --DMZ Consultoria Empresarial, DMZ Corretora de Seguros Ltda e Contact Assessoria de Crédito Ltda. A suspeita é de que parte do faturamento dos últimos anos dessas empresas, cerca de R$ 3 milhões, teria como origem contratos assinados pelo Senado.
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