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Petróleo atinge maior valor em seis meses com possível alta na demanda

Folha Online

O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira, após uma nova --e forte-- queda nas reservas dos Estados Unidos. Os investidores também projetam uma melhora na economia, que pode elevar o consumo da matéria-prima

Na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), o barril para entrega em julho encerrou negociado a US$ 65,08, em alta de 2,57% em relação ao fechamento anterior. A cotação foi a maior em seis meses.

As negociações foram motivadas pela divulgação dos estoques de petróleo dos EUA, que caíram em 5,4 milhões de barris na semana encerrada em 22 de maio, para 363,1 milhões de barris. Segundo divulgou o departamento de Energia, essa foi o terceiro recuo consecutivo dos estoques.

O recuo das reservas de petróleo foi maior que o esperado pelos analistas consultados pela agência Dow Jones, de apenas 500 mil barris.

Os estoques de gasolina caíram 600 mil barris, para 203,4 milhões de barris, menos que a queda de 1,7 milhão de barris esperada pelo mercado.

Já as reservas de produtos destilados (diesel e combustível para calefação) continuaram aumentando, em 300 mil barris, a 148,4 milhões de barris, menos no entanto que a alta de 1,1 milhão de barris estimada pelos analistas.

O mercado também repercute a informação, divulgada ontem, de que a Arábia Saudita defende a manutenção da produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), à espera de que o barril volte a ser negociado na faixa dos US$ 75 com nova alta na demanda.

Reunidos em Viena (Áustria), ontem, os ministros de energia dos 12 países pertencentes à Opep discutiram quais medidas podem ser adotadas para elevar o preço da commodity. As cotações do petróleo estão em recuperação desde o início de 2009, após um período de volatilidade que levou os preços do recorde absoluto, em julho de 2008 (US$ 147,50 o barril), aos menores patamares da história, em US$ 32,40, em dezembro.
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