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Serginho confirma que não quer ser mais chamado por Bernardinho

SporTV

Serginho foi por 12 anos o líbero da seleção brasileira de vôlei. Era ele quem dava confiança ao time, ao ir buscar bolas “impossíveis”, possibilitando que os levantadores da equipe pudessem enganar o bloqueio adversário. Mas para ele, o seu ciclo na seleção está encerrado depois da medalha de prata nas Olimpíadas de Londres.

- Jamais vou negar a seleção. Se tiver que morrer por ela, vou morrer. Mas se não precisar de mim, melhor. Dei a minha vida nesses 12 anos. O Mário Júnior deve ser o titular. Mas tem que fazer a transição para uma nova geração. Eu sei da carência na posição. Nas outras posições temos vários nomes, mas líbero está difícil. Além das funções técnicas, que são passar e defender bem, tem que ser líder, saber a hora de dar a bronca. Hoje em dia, um líbero com a cabeça boa, faz a diferença em qualquer equipe - pediu o Escadinha durante o “Arena SporTV”, desta sexta-feira.

Escadinha falou sobre a renovação da seleção visando os Jogos do Rio, em 2016, e mostrou preocupação.

- Eu não sei se vão conquistar os mesmos títulos. Tem condições de seguir no pódio, mas três finais olímpicas, dois Mundiais, todas as Ligas Mundiais que ganhamos, é difícil. Ganhar tudo é complicado. A gente tem material humano. Só que tem que ir buscar a molecada que quer jogar vôlei. Para isso é importante o Bernardinho ficar no comando da Seleção, para manter a estrutura. Temos a Seleção B que é muito forte. O Bruninho, Murilo, Sidão, todos vieram da seleção B e já chegaram adaptados na principal - falou o líbero.

Ele aproveitou para falar também da frustração que é ser derrotado depois de estar vencendo a Rússia por 2 sets a 0.

É até difícil falar de um jogo desses. Estávamos ganhando por 2 a 0 e perdemos por 3 a 2. Mas não podemos tirar o mérito da Rússia e do técnico, que conseguiu mudar o time dele com apenas duas trocas, colocando o central de oposto e o oposto de ponteiro. Conseguiu resgatar o time dele na troca de duas peças. Esses dois jogadores começaram a jogar bem, os outros quatro vieram junto, para o nosso azar. Mas saio muito feliz e satisfeito por mais uma medalha. São três finais olímpicas seguidas. O nível técnico é muito igual, a Polônia era sensação e não chegou nem na semifinal. Os Estados Unidos também não. Agora fica a responsabilidade para essa nova geração- recordou, ao citar a grande jornada vivida por Muserskiy naquela partida.


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