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Procuradores e auxiliar de Perillo são esperados nesta semana na CPI

G1

Em mais uma semana sem votações no plenário do Senado e com tentativa de esforço concentrado mas sem acerto sobre a pauta na Câmara, a CPI do Cachoeira pretende ouvir os procuradores da República responsáveis pela Operação Monte Carlo, que resultou na prisão do contraventor, e o ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Os procuradores da República Léa Batista de Oliveira e Daniel Rezende Salgado são esperados para prestar depoimento nesta terça-feira (21). Não está decidido se a sessão para ouvir os procuradores será aberta ou fechada.

"Esperamos que eles [procuradores] consigam esclarecer mais alguns fatos [...] A sessão tem de ser aberta. Não há motivos para que seja uma sessão fechada”", defendeu o senador Pedro Taques (PDT-MT).

Na quarta-feira (22), os integrantes da CPI, que investiga a relação de Cachoeira com políticos e empresários, pretendem ouvir o depoimento de Jayme Rincón, ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Rincón ingressou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para não ser obrigado a falar à comissão. O relator do pedido é o ministro Joaquim Barbosa. Se conseguir o habeas corpus, Rincón deve ser liberado pelo presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

"“Novos habeas corpus sempre podem acontecer. São garantias dadas a eles, mas já temos nossos ritos na CPI”", disse Vital do Rêgo.

Rincón já foi convocado outras duas vezes para prestar depoimento à comissão, mas apresentou atestado médico e não compareceu.

Ele é presidente de agência estadual de transportes e obras públicas e foi citado em ligações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal.

Segundo as investigações da PF, o grupo de Cachoeira depositou R$ 600 mil na conta da empresa Rental Frota Ltda., que tem Rincón como um dos sócios, com 33% de participação. A Rental já confirmou o pagamento, mas diz que se refere à venda de 28 veículos usados.

Câmara
Embora com previsão de esforço concentrado para a votação de propostas, ainda não há um acerto sobre a pauta de votações nesta semana na Câmara dos Deputados.

A demora do Executivo em cumprir acordo firmado com PSDB e DEM antes do recesso parlamentar impediu as votações no plenário da Câmara nas últimas duas semanas.

O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), já admite a possibilidade de mais uma semana sem a realização de votações.

A pauta da Câmara está trancada por três medidas provisórias. A MP 565/12 e a 569/12 são referentes à ajuda financeira aos atingidos pela seca no Nordeste. A MP 570/12 concede um benefício adicional, no âmbito do Programa Bolsa Família, para superação da extrema pobreza na primeira infância, de zero a seis anos de idade.

"“Pode acontecer de a Câmara passar mais uma semana sem resultados. Com um agravante, porque o prazo para votarmos a medida 565, que trata da seca do Nordeste. Se não votarmos [nesta semana], não dá tempo de o Senado votar. E aí ela pode caducar [perder a validade]”", disse Tatto.

O líder do PSDB, deputado Bruno Araújo (PE), disse que ainda não há definições. “"Não sentamos para definir isso ainda", afirmou”.
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