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Mato Grosso lidera ranking nacional no casos de hanseníase com 2.569 vítimas

Da Redação - Vanessa Alves

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde revelaram que Mato Grosso lidera ranking nacional da hanseníase. O Estado é considerado hiperendêmico. Só em Cuiabá foram registrados 302 casos da doença em 2011. Mato Grosso registrou 2.569 casos.

Embora o Estado ocupe o primeiro lugar em nível nacional, os índices de casos da doença em todo país estão acima dos parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Para poder fiscalizar a implantação de políticas públicas de combater à doença em todo Mato Grosso, o Ministério de Saúde (MPE) instaurou inquérito civil e já requisitou à Secretária de Estado de Saúde (SES) informações sobre o plano de trabalho.

Segundo o promotor de Justiça, Alexandre de Matos Guedes, também foram solicitadas informações sobre a verba prevista para este ano e qual o valor gasto até o mês de junho. “Além disso, requisitamos os valores previstos para o combate à hanseníase nos orçamentos de 2011 e 2010 para saber se foram devidamente aplicados pelo poder público“, afirmou.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) encaminhou também um oficio aos MP de todos os Estados ressaltando que, de acordo com as ações de monitoramento, controle e avaliação existentes no Sistema Único de Saúde (SUS), a dificuldade na eliminação da hanseníase como problema de saúde pública pode estar relacionado à ineficácia da gestão e falta de capacidade técnica.

O documento do CNMP revelou que nos últimos 11 anos foram diagnosticadas 519.695 ocorrências no pais, sendo que somente em 2011 foram diagnosticados 33.955 casos novos da doença. Em menos de 15 anos, 40,016 casos novos foram registrados o que corresponde a um coeficiente médio de detectação muito alto no país.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), a maior dificuldade dos municípios consiste em não diagnosticar os casos. a SES informou que todos os anos existem novos casos de hanseníase em todos os municípios mato-grossenses e os municípios que não tem casos descobertos são os que mais necessitam de ações de controle da doença.

A doença


A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, de evolução lenta, que acomete principalmente a pele e os nervos periféricos. Também é considerada uma doença sistêmica, pois compromete as articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. A doença se manifesta principalmente por meio de manchas na pele e as deformidades e incapacidades físicas geram diversas consequências como diminuição da capacidade de trabalho causada pelas deformidades físicas, além da limitação da vida social e problemas psicológicos.

Apesar de não haver uma forma de prevenção específica, existem medidas que podem evitar as formas graves da doença e as incapacidades, tais como: diagnóstico precoce, exame dos contatos intradomiciliares (pessoas que residem ou residiram nos últimos cinco anos com o paciente), acompanhamento do tratamento e uso de técnicas de prevenção de incapacidade.
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