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Genes explicam por que homem tem mais câncer que macaco, diz estudo

G1

Cientistas do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos EUA, encontraram peculiaridades no DNA de homens e chimpanzés que podem explicar por que nós somos mais propensos a ter câncer e outras doenças que os macacos, apesar de as duas espécies compartilharem mais de 98% do material genético.

Os resultados da pesquisa vão ser publicados na edição de setembro da revista "American Journal of Human Genetics". Segundo os autores, que analisaram o cérebro dos dois primatas, a diferença está concentrada em um processo chamado de "metilação", ou seja, alterações nos genes provocadas por fatores ambientais, capazes de influenciar a saúde.

Os cientistas descobriram que há centenas de genes com diferentes padrões de metilação entre humanos e chimpanzés. Isso leva a processos distintos para a formação de proteínas, e muitos deles estão envolvidos no envelhecimento e em doenças específicas, como o câncer e distúrbios neurológicos ou psicológicos.

Segundo a autora sênior Soojin Yi, o estudo sugere, mas não prova conclusivamente, que essas mudanças químicas no DNA têm um papel importante para o desenvolvimento de doenças no homem moderno. A longo prazo, acredita a professora, esse achado pode servir para a criação de novos medicamentos.
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