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Notícias / Copa 2014

Parreira exalta Oscar: 'Há anos sonhávamos em ter alguém assim'

Globo Esporte

A Seleção deixou Londres sem a sonhada medalha de ouro, mas achou um camisa 10: Oscar. Para o tetracampeão Carlos Alberto Parreira, o meia do Chelsea é a melhor notícia do futebol brasileiro nos últimos anos.

- É um jogador com o qual a gente vinha sonhando há muito tempo. Muito tempo mesmo, desde antes da Copa de 2010; há anos sonhávamos em ter alguém assim no time. Ele veio preencher essa lacuna que esperávamos que fosse preenchida pelo Ganso – que, por causa das lesões, no entanto, não engrenou. A lacuna desse meia de ligação, que faz o time girar, que pensa, organiza e participa o tempo todo - disse o ex-treinador da Seleção ao site da Fifa.

Parreira acompanhou as Olimpíadas em Londres e analisou a participação do time de Mano Menezes. Para o tetracampeão, a Seleção tinha a melhor equipe dos Jogos e a derrota para o México na decisão da medalha de ouro não pode atrapalhar a preparação para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

- A avaliação, no final das contas, é feita na competição. No Brasil, você sempre tem talentos, promessas... em 40 anos de futebol já ouvi dezenas de vezes que alguém “vai ser o novo Pelé” e que depois fica no meio do caminho. Isso vale para uma geração toda: ganha-se no campo, na hora. Esta geração promete e é talentosa, mas só vamos poder checar de verdade em 2014. É, talvez, uma das mais talentosas que tivemos nos últimos tempos, considerando a presença do Neymar, que é um fora de série - afirmou.

O tetracampeão fez ainda uma análise tática do futebol apresentado nas Olimpíadas e destacou a evolução dos asiáticos (a Coreia do Sul ficou com o bronze e o Japão foi o quarto colocado na competição):

- O nível técnico, no geral, foi bom. Se há algo a destacar – embora isso venha sendo uma constante há algum tempo – é o desenvolvimento técnico do futebol asiático, agregando qualidade individual a uma organização tática e um preparo físico que sempre foram invejáveis. Taticamente, houve uma certa padronização do sistema que é mais usado no mundo há quase 60 anos, que é o 4-4-2. Quase todas as equipes jogam com duas linhas de quatro jogadores e dois atacantes: ou com ambos enfiados, ou um mais recuado. A única equipe a jogar de forma ligeiramente foi o Uruguai, que usou o diamond shape, com um só volante de contenção, dois meio-campistas abertos e um meia de ligação servindo o (Edinson) Cavani e o (Luis) Suárez - concluiu.
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