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Saúde recomenda uso precoce de coquetel para pacientes com HIV

Bem Estar

O Ministério da Saúde decidiu ampliar a oferta do coquetel de medicamentos anti-HIV para pacientes soropositivos em estágio inicial da doença.

Com esse tratamento precoce, que deve beneficiar mais 35 mil brasileiros, o governo espera reduzir o avanço da Aids, as infecções associadas – como a tuberculose – e o contágio de pessoa para pessoa, que ocorre por meio do contato com fluidos corporais, como sangue e sêmen.

Segundo o ministro Alexandre Padilha, o Brasil será o único país de grande porte a possibilitar esse tipo de acesso. A decisão foi tomada com base em estudos recentes, que demonstraram que o coquetel aumentou a qualidade de vida dos pacientes e diminuiu os problemas imunológicos a curto e longo prazos.

Além de indivíduos em estágio inicial do HIV, o ministério pretende prevenir a transmissão da Aids entre casais "sorodiscordantes", ou seja, quando um parceiro é soropositivo e o outro, negativo. Para os dois grupos, serão investidos cerca de R$ 120 milhões.

"Fique Sabendo"
O ministério também pretende aumentar a oferta de testes rápidos de HIV, por meio da iniciativa "Fique Sabendo", que existe desde 2005 e tem 345 centros no país. Agora, vai começar a contar com serviços móveis. De acordo com Padilha, o objetivo é mobilizar principalmente as gerações mais jovens.

O teste rápido tem a mesma confiabilidade do exame tradicional, exige a retirada de apenas uma gota de sangue e fica pronto em meia hora. Esse teste é 100% nacional desde 2008, quando passou a ser produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

A entrega do resultado é sigilosa e, se o diagnóstico for positivo, a pessoa é encaminhada para tratamento nos serviços de referência.

Desde a implantação do "Fique Sabendo", houve alta de 340% no número de testes feitos, passando de 528 mil para 2,3 milhões. Até o fim do ano, a meta é chegar à marca de 3 milhões de exames. Segundo o governo, essa expansão contribuiu para que cerca de um terço dos casos de HIV e Aids seja descoberto precocemente no Brasil.
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