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L. Álvaro se afasta do caso Ganso e dá recado a interessados no meia

Terra

Depois da guerra de declarações com Paulo Henrique Ganso, o presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, se afastou das negociações envolvendo a possível venda do armador. O caso ficará nas mãos de dois membros do Comitê de Gestão do clube, ambos especialistas no ramo das finanças.

Eduardo Vassimon, ex-vice-presidente e atual conselheiro do Banco Itaú, e Alvaro de Souza, ex-presidente do Citibank no Brasil, são os responsáveis por analisar as eventuais propostas pelos 45% dos direitos do atleta que pertencem ao Santos.

A escolha de executivos experientes serve como "recado" para os interessados no jogador. Luis Alvaro quer mostrar a eles que o clube não será "ludibriado" e reitera que só o libera pelo valor integral da multa rescisória (R$ 53 milhões, dos quais R$ 29,2 milhões seriam repassados à DIS, dona de 55% dos direitos).

Propostas com valor muito inferior, como a apresentada pelo São Paulo (cerca de R$ 11 milhões pela parte do Santos), serão filtradas e nem chegarão aos ouvidos do presidente.

Esta não é a primeira vez que o mandatário se afasta da "novela" envolvendo a saída do camisa 10. Em julho, ele já havia adotado posição parecida.

Luis Alvaro perdeu a paciência após ouvir Ganso dizer que "seria um prazer" jogar no São Paulo. No último sábado, antes do duelo contra o Palmeiras, o mandatário disse que esta não foi a primeira declaração polêmica às vésperas de jogos importantes e que está de "saco cheio". Ganso respondeu dizendo que está sendo jogado contra a torcida.

De camisa 10 ideal a meia contestado

Ganso, revelado nas categorias de base do Santos, começou no clube em 2008, junto a Neymar, a maior estrela do time na atualidade. Desde que chegou ao time profissional, a carreira de Ganso se revezou em sobes e desces. Nos primeiros anos, o jogador conquistou críticos e torcedores não apenas por ser uma das maiores promessas do futebol do Brasil, mas por ter surgido como protótipo do camisa 10 criativo e pensador, em falta nos últimos anos.

A trajetória de Ganso - que parecia traçar uma ascensão meteórica rumo ao estrelato nos principais gramados do mundo - teve, porém, um baque grande em 2010. No meio daquela temporada, o jogador sofreu grave lesão no ligamento cruzado de seu joelho.

A lesão deixou Ganso fora dos gramados por seis meses e comprometeu a sequência da carreira no Santos do jogador, que não conseguiu manter o nível de seu futebol e perdeu prestígio com a torcida.

A volta ao clube veio durante a Copa Libertadores de 2011, mas nem a conquista do título continental fez com que o meia retornasse a seus melhores dias no Santos. À sombra de Neymar, que se consolidava como grande ídolo e craque do Brasil, Ganso perdeu espaço na mídia e também na Seleção Brasileira. De camisa 10 incontestável, o jogador passou a opção para o meio-campo.

No time olímpico de Mano Menezes, que ficou com a prata na Olimpíada de Londres, o meia Oscar, do Internacional, vestiu a camisa 10 da equipe, a qual, há poucos anos, era reservada para o jogador santista.

Logo após a Olimpíada, intensificaram-se os boatos sobre uma possível saída do Santos. E o destino mais provável para Ganso se tornou o São Paulo, que estaria disposto em buscar na Vila Belmiro um substituto à altura para Lucas, negociado com o Paris Saint-Germain, e teria até feito uma proposta por parte dos direitos de Paulo Henrique. O meia tem contrato com a equipe praiana até fevereiro de 2015.


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