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Notícias / Economia

Cemat pode receber intervenção e está proibida de reajustar tarifas

Da Redação - Priscilla Vilela

Grupo Rede Energia, que detém a Cemat – central distribuidora de energia em Cuiabá – é uma das principais empresas atingidas por uma medida provisória que poderá sofrer intervenção do Governo Federal por estar em más condições financeiras. A medida, publicada no Diário Oficial da União, abre a possibilidade de que qualquer empresa inadimplente com o Estado possa receber a interferência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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Outras regiões de distribuidoras da Rede Energia no Norte, Centro-Oeste, Sul e Sudeste fazem parte da Rede Energia, sendo que apenas duas distribuidoras da concessionária estão com as contas em dia e livres até o momento de receber a intervenção. Segundo as informações do jornal Estado de São Paulo, todas as outras possuem pendências e estão impedidas de aplicar reajustes anuais de tarifas. Leia abaixo a reportagem.

Insatisfação

Segundo fontes em Brasília, a presidente Dilma Rousseff tem demonstrado insatisfação com os rumos do grupo e teme que a situação piore ainda mais nas outras empresas da Rede. Por isso, já estaria com processo de intervenção preparado para breve. Não está decidido se a Celpa seria ou não alvo dessa intervenção, já que a empresa tem proposta de compra da Equatorial Energia. O plano da companhia para assumir a concessionária do Pará deverá ser avaliado hoje pela Aneel, em reunião extraordinária. A Rede não quis comentar o assunto.

Se optar pela intervenção, a Aneel nomeará um executivo que terá um ano (prorrogável) para fazer o trabalho. Os acionistas da concessionária terão 60 dias para apresentar um "plano de recuperação e correção das falhas e transgressões que ensejaram a intervenção". "Entende-se como mais adequado às especificidades dessas concessões que a recuperação (da empresa) se dê sob o regime da intervenção", disse o Ministério de Minas e Energia, em nota.

Caso os planos de ajustes não sejam cumpridos durante a intervenção, o órgão regulador poderá declarar a caducidade da concessão, assumindo assim a responsabilidade pelo serviço prestado. Segundo o ministério, a medida provisória foi feita porque havia essa lacuna na legislação. A mudança permite ao governo assumir o controle ou nomear um controlador para os ativos das concessões nos casos de caducidade ou revogação, até que uma nova licitação seja feita.


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