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157 torcedores morreram em brigas entre torcidas no Brasil desde 1988

Globo News

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo jornal Lance! em abril de 2012, são 155 torcedores assassinados no Brasil desde 1988 como resultado da violência no mundo do futebol. Este ano, no Rio de Janeiro, foram registrados mais dois outros casos de morte. Mas este número pode ser muito maior, já que a violência entre as torcidas organizadas começou bem antes de 1988. “Entre 69 e 74 começaram a surgir essas torcidas com graus inaceitáveis de intolerância, de combate, exclusão e violência em relação ao outro”, conta o sociólogo Maurício Murad.

Brigas dentro dos estádios podem ser controladas pela Polícia Militar, mas as que ocorrem fora dele ainda não podem ser impedidas. Como a que aconteceu há poucos dias no Rio de Janeiro, quando dois torcedores do Vasco foram espancados dentro de um trem de subúrbio por mais de 20 torcedores do Fluminense. “O esquema de segurança é montado a partir dos estádios, e ele vai se dissipando à medida que o torcedor se afasta do estádio. E ele se aproveita desse momento, de um local muitas vezes a 10, 15 quilômetros, até mesmo outro município, para brigar”, declara o comandante do Gepe, tenente-coronel João Fiorentini.

Na opinião de Murad, o Brasil deveria se espelhar nas medidas que controlaram os Hooligans, na Inglaterra. “As autoridades inglesas não pouparam esforços e dinheiro para garantir a segurança de quem só queria assistir a um jogo e torcer em paz. Entre as medidas, estavam: identificação de torcedores violentos, proibição de entrada nos estádios, limites rigorosos para o consumo de bebidas alcoólicas em dias de jogos, serviço de informações, policiamento ostensivo e terceirização de parte da segurança do interior do estádio”, diz o sociólogo.
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