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Calmon se emociona e diz que tentou fazer poder Judiciário respeitado

G1

A ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon afirmou nesta quinta-feira (6), ao deixar a Corregedoria Nacional de Justiça, que tentou “desesperadamente” fazer o poder Judiciário “conhecido” e “respeitado”. Após dois anos de gestão, ela foi substituída no Conselho Nacional de Justiça pelo ministro Francisco Falcão.

“Procurei desesperadamente fazer o poder judiciário conhecido e respeitado.[...] Na parte disciplinar, iniciei a prática das sindicâncias patrimoniais”, afirmou, destacando que 11 magistrados foram afastados de suas funções pelo CNJ por “faltas disciplinares graves.”

A ministra se emocionou na cerimônia de posse de Francisco Falcão, ao cumprimentar o presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto. Ela afirmou que sofreu “incompreensões” enquanto atuou como corregedora, mas não “derrotas”. No final do ano passado, a abertura de investigações patrimoniais de magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo gerou uma crise no Poder Judiciário.

O então presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, chegou a dizer que o CNJ poderia estar “quebrando o sigilo” de juízes sem autorização judicial. Associações de magistrados entraram com pedido na Procuradoria Geral da República para que a corregedora fosse investigada, mas a representação foi arquivada por Roberto Gurgel.

“Não tive derrotas, tive atrapalhações e incompreensões”, disse Eliana Calmon. No discurso de despedida, a ministra destacou ainda que deixa o CNJ “com a sensação de dever cumprido.” “Acredito que o Judiciário pode fazer diferença nessa nação, para termos um Brasil melhor”, afirmou.
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