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Ao longo da gestão, ex-ministra teve de lidar com crises políticas

G1

Ana de Hollanda, que integrava o ministério de Dilma desde o primeiro dia do governo, ao longo de toda sua gestão teve de lidar com crises e rumores de que seria demitida.

Em outubro do ano passado, o sociólogo Emir Sader, ligado ao PT, chegou a escrever em seu perfil no twitter que a demissão da ministra já estava decidida pela presidente. Na ocasião, o ministério da Cultura logo emitiu nota negando o rumor.

Em maio de 2011, Ana de Hollanda foi acusada de fazer uso de diárias no Rio de Janeiro sem cumprir agenda oficial. Depois de consultar a Controladoria-Geral da União (CGU), a ministra se comprometeu a devolver os pagamentos referentes aos fins de semana passados na capital fluminense.

Nova polêmica surgiu em março de 2012, quando a Comissão de Ética da Presidência de República pediu explicações de Ana de Hollanda sobre camisas que ela ganhou da escola de samba Império Serrano. À época, reportagem do jornal "Correio Braziliense" havia afirmado que, depois de o Ministério da Cultura zerar a inadimplência da escola, a ministra teria recebido oito camisetas para que ela e amigos desfilassem na ala da diretoria da agremiação. Na ocasião, segundo o jornal, a assessoria do ministério informou que se tratava de uma camiseta para desfilar em um grupo em homenagem à sambista Dona Ivone Lara.

A comissão de ética pública da Presidência também analisou esse caso, mas decidiu pelo arquivamento em abril de 2012. De acordo com o presidente da comiossão, Sepúlveda Pertence, não foi encontrada "falta ética" no episódio.

Além dos imbróglios políticos, Ana de Hollanda também se viu às voltas com protestos de setores da classe artística pela sua saída do ministério. Houve manifestações públicas pedindo a demissão da então ministra e também protestos na internet.

A última crise envolvendo Ana de Hollanda à frente do ministério ocorreu em agosto deste ano, quando a própria ex-ministra enviou uma carta à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, sobre as dificuldades de orçamento que a pasta da cultura enfrenta. “Esses números colocam em risco a gestão e até mesmo a existência de boas partes das instituições culturais”, escreveu Ana de Hollanda na carta. A mensagem desagradou setores do governo.
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