Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram, em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (12), manter a greve que completou quatro meses.
Foram 65 votos pela continuidade da greve e 29 docentes optaram pelo encerramento. Durante assembleia desta tarde, os professores ressaltaram que a categoria tem sido desvalorizada por todos os governos. A data de uma nova reunião ainda não foi definida.
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O movimento grevista começou dia 17 de maio e das 58 universidades que tinham aderido à greve apenas a UFMT e outras 17 instituições mantém a paralisação. A categoria alega que a proposta do governo federal de 45% é um reajuste escalonado até 2015 e que impacta de forma diferente nas cinco classes que compõem a carreira do professor.
De acordo com Maurélio Menezes que é integrante do comando local da greve, a maior reivindicação dos professores é o plano de carreira da categoria. Os grevistas alegam que o governo não considerou a inflação acumulada nesse período de três anos, estimada em 32%. Segundo o comando local da greve, o maior reajuste seria dado aos titulares doutores, que receberiam 39,53% de aumento.
Ainda de acordo com os docentes, ao final do escalonamento, os titulares doutores teriam, de fato, apenas 7,49% e os outros níveis – auxiliar, adjunto, assistente e associado – teriam perdas salariais.
Na última quarta-feira (05) os grevistas se reuniram e optaram por permanecer paralisados. Na ocasião eles alegaram que se desistissem da greve estariam se anuindo ao projeto de carreira imposto pelo governo federal, que, segundo eles, desconstrói a universidade pública, gratuita, laica, de qualidade e socialmente referenciada.