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Nova York proíbe venda de refrigerantes em copos grandes

Bem Estar

A prefeitura de Nova York proibiu nesta quinta-feira (13) a venda de refrigerantes em copos com mais de 473 mililitros -- equivalente a 16 onças, medida usada nos EUA -- nas lanchonetes, restaurantes, estádios e salas de cinema, em uma tentativa de combater a obesidade.

A Comissão de Saúde da prefeitura aprovou a proibição, que inclui todas as bebidas ricas em açúcar. Segundo o prefeito Michael Bloomberg, mais da metade dos adultos em Nova York (58%) é de obesos ou possui excesso de peso, e este problema também afeta 40% das crianças nas escolas públicas.

O consumo de refrigerantes, geralmente mais baratos que a água mineral e cujos copos não são mais caros que os pequenos, é uma das causas identificadas do problema.

Pelo projeto, a medida só vai valer para bebidas que tenham mais de 25 calorias para cada 8 onças – pouco mais de uma caloria por mililitro. Portanto, as bebidas dietéticas não serão impactadas. As bebidas que tiverem pelo menos 50% de leite ou de algum substituto também ficarão isentas.

A medida vale tanto para garrafas quanto para copos, em todos os estabelecimentos que servem comida pronta para o consumo – mercados e supermercados não entram na lista.

Polêmica
A iniciativa provocou críticas de moradores que a consideram uma intromissão exagerada do poder público em questões particulares. Representantes dos produtores de refrigerantes também se expressaram contrários.

Antes da aprovação da lei, a Coca-Cola chegou a afirmar em nota que "a população de Nova York é muito mais inteligente do que o Departamento de Saúde de Nova York pensa”.

"Ainda não é o fim", afirmou em nota o grupo Nova-iorquinos pela Escolha das Bebidas, que é patrocinado pela indústria de refrigerantes. A associação reuniu mais de 250 mil assinaturas contra o projeto e considera mover um processo na justiça.

"Continuaremos expressando nossa oposição a essa proibição e lutaremos pelo direito dos nova-iorquinos de tomar suas próprias decisões. E estaremos ao lado dos comerciantes que serão afetados por essas limitações arbitrárias", dizia a nota, assinada por Eliot Hoff.

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