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Carrascos de novo, Romarinho e Paulinho afundam Palmeiras na zona

Gazeta Esportiva

Romarinho e Paulinho fizeram os gols das duas vitórias do Corinthians sobre o Palmeiras neste ano até este fim de semana. E ratificaram suas condições de carrasco neste domingo, no Pacaembu. O atacante e o volante garantiram uma vitória por 2 a 0 que deixa o arquirrival ainda mais perto de disputar a Série B do Brasileiro em 2013.

Dominado por sua tensão, representada por brigas nas arquibancadas, o Verdão levou gol de Romarinho aos 21 minutos do primeiro tempo – o atacante já havia feito os dois do triunfo alvinegro por 2 a 1 no primeiro turno do Brasileiro. O Derby ficou ainda mais complicado para o Verdão quando Luan foi expulso aos 25 minutos do primeiro tempo.

Na etapa final, Paulinho, que fez gol no triunfo por 2 a 1 na primeira fase do Paulista, deixou sua marca aos oito minutos. A partir daí, o único momento de alegria para o palmeirense foi em vão com um gol anulado de Valdivia aos 43 minutos do segundo tempo.

O Palmeiras só não está em último lugar na liga nacional porque tem mais vitórias do que o Atlético-GO, e tenta se recuperar no sábado, diante do Figueirense, em Santa Catarina. O Corinthians, mais perto da pontuação para poder pensar só no Mundial, joga no próximo domingo contra o Botafogo, no Rio de Janeiro.

O jogo –Quem mais necessitava da vitória era o Palmeiras. Mesmo assim, Narciso escalou três volantes, mas em poucos minutos mostrou a razão de sua estratégia. Sem Thiago Heleno, machucado, recuou Henrique e tornou Correa quase um terceiro zagueiro para ajudar na saída de bola, sempre auxiliado por Marcos Assunção.

Com esse posicionamento, a equipe tinha Artur e Juninho como alas e João Vitor se mexendo para facilitar a chegada da bola a Valdivia e, do chileno, para Luan e Barcos. O foco inicial era Guilherme Andrade: por cinco minutos, o Verdão explorou o lado da defesa do lateral direito do Corinthians.

Do outro lado, porém, mais do que qualquer tática, Tite tinha um trunfo decisivo: tranquilidade. À frente de um time mais calmo, rapidamente ajustou a marcação para proteger melhor Guilherme Andrade. No ataque, apostou em Danilo como centroavante, mas se mexendo e confundindo ao trocar posições com Martínez e Romarinho.

Quando respirou, o Palmeiras achou nas costas de Fábio Santos, mal coberto por Paulo André, um caminho para atacar. Mas eram raros os momentos de calma do time que briga para não ser rebaixado. Tanto que Valdivia logo deu um tapa em Ralf e Barcos, inutilizado pela linha de quatro na defesa corintiana, encarou Wallace.

A tensão menor corintiana mostrou que poderia ser fatal aos 19 minutos, quando Paulinho cabeceou para fora estando de frente para Bruno. Dois minutos mais tarde, um lance foi mais emblemático: Wallace pisou em Barcos, que se levantou para cobrar o adversário enquanto sua zaga falhava e o time levava o gol.

Aos 21 minutos, os zagueiros do Palmeiras estavam tão tensos que se atrapalharam na tentativa de dar um chutão. Calmo, Romarinho acabou ficando livre com a bola para balançar as redes e ainda dançar em frente à torcida palmeirense, iniciando confusão no campo que teve Luan como palmeirense mais irritado em campo.

Romarinho até levou amarelo, mas incitou o já nervoso Verdão. Tanto que, aos 25 minutos, deixou o rival com um a menos. Em menos de meia hora em campo, Luan levou um amarelo por simular pênalti e outro por falta dura em Romarinho. O vermelho como consequência era inevitável.
Em superioridade numérica e no placar, o Corinthians até abusou de sua calma, tanto que cedeu espaços em sua defesa. Quando conseguiu se conter, o Palmeiras foi criando chances. Primeiro, com Marcos Assunção em cobrança de falta, aos 28 minutos. Depois, Barcos criou duas chances perigosas em jogadas individuais. E Henrique ainda acertou a trave em cabeçada aos 42.

Diante da possibilidade de levar gol, o Timão voltou a dar mais valor ao clássico e respeitar seu rival. Dos minutos finais do primeiro tempo à volta do intervalo, posicionou-se melhor, preencheu espaços e ficou à espera de passes errados que sempre aconteciam por conta dos nervos rivais. Assim, chegou a ter chance clara perdida por Romarinho logo aos três minutos do segundo tempo.

Para o segundo tempo, Tite já tinha apostado na movimentação e nas provocações de Jorge Henrique para ganhar o campo do Palmeiras e, também, o jogo. Escolheu bem. Sem saber como marcar um atacante mais atuante que Martínez, o Palmeiras deixou Paulinho mais uma vez livre. Desta vez, em falha de João Vitor, o volante não falhou e fez 2 a 0 aos oito minutos do segundo tempo.

Vencido também por seu próprio nervosismo, o Palmeiras só conseguia assustar em raras jogadas individuais de Valdivia ou em tabelas ainda mais escassas do chileno com Barcos. Narciso mexeu no time colocando Márcio Araújo, Tiago Real e Obina na tentativa de ganhar alguma força de ataque.

Mas, neste domingo, foi impossível vencer o esquema defensivo montado por Tite. Assim como o nervosismo palmeirense foi insuperável. Como um espectador em campo, o Corinthians viu seu rival se desfazendo em campo. E nem precisou se esforçar mais para garantir o triunfo. Valdivia até balançou as redes, aos 43 minutos do segundo tempo, mas o gol foi invalidado. Mais uma frustração para os palmeirenses no Pacaembu.
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