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Verdão busca técnico pensando em 2013, mas esbarra em contratos

Globo Esporte

O Palmeiras inicia a semana preocupado não somente em se recuperar e deixar a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, mas em encontrar um novo comandante. Com a saída de Luiz Felipe Scolari, o técnico do time sub-20, Narciso, assumiu a equipe profissional e, acumulando apenas dois dias de trabalho, foi para o clássico contra o Corinthians: derrota por 2 a 0 e mais crise no Palestra Itália.

Desde que a diretoria decidiu pela demissão de Felipão, muitos nomes foram cogitados para o cargo. Jorginho, atualmente no Bahia e visto com bons olhos pela torcida, após boa (e curta) passagem antes da chegada de Muricy Ramalho, era a primeira opção. Porém, o Tricolor baiano não o liberou, fazendo com que o presidente Arnaldo Tirone desistisse da negociação.
É lógico que temos alguns nomes em mente. Mas hoje, próximo de fechamento, até onde eu sei, nada"
César Sampaio, gerente de futebol

No momento, o Palmeiras não tem contato avançado com nenhum técnico. O gerente de futebol César Sampaio negou que o clube esteja oferecendo contrato somente até o fim do ano e exaltou a necessidade de manter a tranquilidade, apesar da má fase atravessada pelo time e da pressão inerente à possibilidade de cair para a segunda divisão do futebol nacional.

– Temos de ter calma para tomar uma decisão. Já temos muitas dificuldades e problemas. Precisamos acertar com alguém que atende não só às nossas necessidades, mas que tenha uma representatividade boa. Não é só sair da zona de rebaixamento, mas pensar também em 2013 – afirmou o dirigente.

Gilson Kleina, Dorival Júnior, Cristóvão Borges, Emerson Leão... Diversos nomes foram citados como possíveis candidatos a novo técnico do Palmeiras. Sampaio, porém, se recusou a comentar qualquer caso específico e assegurou: a maioria dos profissionais observados pelo Palmeiras já se encontram empregados e recebendo bons salários. Assim, a necessidade de negociações mais extensas é clara.

– É lógico que temos alguns nomes em mente. Mas hoje, próximo de fechamento, até onde eu sei, nada. Um profissional de expressão dificilmente vem por um período curto. A maioria dos nomes que temos em vista têm prazo longo de contrato e está bem remunerada – resumiu.

O gerente palmeirense admitiu que o momento vivido pelo Verdão nos bastidores também não é agradável. Assim como o time, que hoje só não é lanterna do Brasileirão devido aos critérios de desempate, a diretoria tem de lidar diariamente com as críticas e intrigas internas. Por isso, o clube se vê obrigado a blindar a própria situação.

– Alguns assuntos só resolvemos internamente. Quando for a hora de falar, a gente se pronuncia. Até porque não só o momento esportivo do clube é complicado, mas também o político.

As ocorrências envolvendo o presidente Tirone e o vice de futebol, Roberto Frizzo, ao longo do clássico deste domingo, não foram poucas. “Caçados” por torcedores, que invadiram as tribunas do Pacaembu para tentar agredi-los, ambos tiveram de esperar para deixar o estádio. Após o jogo, o restaurante de Frizzo, localizado na zona oeste de São Paulo, foi depredado por vândalos.
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