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Mulher que trabalha em rodeio já montou em touros

Terra

Depois de completar a prova nas modalidades cutiano, sela americana ou bareback, o peão precisar descer do cavalo. Pular do animal ainda em movimento é uma manobra arriscada, já que o competidor ou está com os pés presos no estribo, ou está com a mão na alça do bareback.

Nesse momento, entra em cena o madrinheiro (ou madrinheira) de rodeio, função pela qual Luciana Freitas, 35 anos, conhece bem. Filha de fazendeiro, a moça já competiu na categoria cutiano e sabe como dominar o animal. "Sou apaixonada por cavalos, eles são minha vida", diz.

Para que o peão termine a prova em segurança, Luciana se aproxima do equino, segura-o, e dá espaço para o atleta saltar de um cavalo para o outro. O trabalho, geralmente, é feito em dupla. Mas a ex-competidora o faz sozinha.

Medo, aliás, é uma palavra que não existe no vocabulário da peoa, que já participou até da montaria em touros, a modalidade mais radical do rodeio. "Mas foi por pouco tempo. Tive uma clavícula deslocada e um braço quebrado", conta a moça de Rondonópolis (MT).

Isso significa que o perigo do esporte ficou para trás? Nada disso. Luciana conta que o cavalo já caiu com ela em cima várias vezes e, mesmo assim, faz questão de ir em todos os eventos de montaria da cidade ou dos municípios vizinhos.

O trabalho é aprovado pelo namorado, que diz não ter ciúmes, já que os peões tratam a madrinheira com respeito. Luciana pensa igual. ¿Não há malícia na montaria. Na verdade, eu nem consigo perceber, porque é tudo muito rápido. Tiro eles e corro para pegar o cavalo, não tem espaço para segundas intenções¿, explica.

Mas e quando o namorado é quem está do outro lado, o trabalho é feito com mais carinho? "Não e nem tem como. Claro que gostaria, mas com o cavalo pulando não dá pra pensar muito em carícias, só depois do rodeio mesmo", brincou.
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