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Relator diz que réus usaram lavagem por conhecer origem ilícita do dinheiro
Reuters
O relator da ação penal do chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, fez uma réplica nesta quinta-feira para rebater pontos do voto do revisor, Ricardo Lewandowski, sobre lavagem de dinheiro e a absolvição do deputado Pedro Henry (PP-MT) e Emerson Palmieri, ex-secretário-geral do PTB.
Barbosa levou mais de duas sessões para proferir seu voto, tempo semelhante ao utilizado pelo revisor. A partir desta quinta, os demais oito ministros votam no capítulo que trata dos parlamentares e partidos políticos que receberam recursos do suposto esquema de compra de apoio político no Congresso.
"O que importa é a engrenagem usada para tornar oculta a existência de um grande esquema de corrupção... Os réus usaram o esquema de lavagem porque sabiam da origem ilícita do dinheiro", disse.
"Há toda uma vasta concertação planetária para o combate à lavagem", completou.
Sobre Pedro Henry, Barbosa afirmou que há provas suficientes nos autos para garantir seu conhecimento e atuação no alegado esquema.
"Pedro Henry era um dos líderes de seu partido e, nessa posição, negociou, organizou e fez tratativas relativas a troca de dinheiro por apoio político", disse Barbosa.
Logo após a réplica do relator, a ministra Rosa Weber iniciou seu voto.