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Dólar fecha a R$ 1,95, menor preço desde outubro; Bovespa sobe 2,54%

Folha Online

O fato da cotação do dólar já ter desvalorizado quase 10% no mês passado não impediu que a taxa cambial voltasse a cair no primeiro dia de negócios de junho. Nas últimas operações desta segunda-feira, o dólar comercial foi negociado por R$ 1,953, o que significa um decréscimo de 0,86% sobre a taxa de sexta.

É o menor preço para a moeda americana desde 1º de outubro. À diferença da Bolsa de Valores, o dólar ainda voltou a ser negociado nos níveis anteriores à fase mais turbulenta da crise mundial, marcada pelo episódio da quebra do banco Lehman Brothers, na primeira quinzena de setembro do ano passado.

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 2,040, em um declínio de 2,85% sobre a taxa da semana passada.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) avança 2,54%, aos 54.551 pontos (índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 5,24 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 2,84%.

Os agentes financeiros continuam a operar sob influência do otimismo predominante no mercado há semanas. O sentimento de "o pior já passou" ganhou reforço com mais uma rodada de indicadores positivos das principais economias, com destaque para os EUA, onde o nível de renda subiu, os gastos em construção civil aumentaram e o nível de atividade no setor manufatureiro melhorou.

O Banco Central marcou presença com seu habitual leilão de compra, às 15h10 (hora de Brasília), aceitando ofertas por R$ 1,9435 (taxa de corte). A autoridade monetária não informa o montante adquirido nesses leilões, mas operadores avaliam que a quantia não ultrapassa, em geral, a casa dos US$ 300 milhões.

O Ministério do Desenvolvimento informou que a balança comercial teve superávit de US$ 2,651 bilhões em maio. A comparação com maio de 2008 foi prejudicada por uma greve que afetou o comércio exterior até abril de 2008.

Juros futuros

O mercado futuro de juros da BM&F reduziu mais uma as taxas projetadas nos contratos de maior prazo. Hoje, o boletim Focus, preparado pelo BC, apontou que a maioria dos economistas do setor financeiro já trabalha com um contração ainda maior do PIB nacional neste ano: em vez de uma queda de 0,53%, a mediana das projeções para uma queda de 0,73%.

No contrato que projeta as taxas para janeiro do ano que vem, a taxa prevista caiu de 9,19% ao ano para 9,11%; e no contrato que vence em janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 9,71% para 9,62%.
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