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Líder salvadorenho diz querer sintetizar o melhor de Lula e Obama

BBC

O novo presidente de El Salvador, Maurício Funes, afirmou nesta segunda-feira, durante seu discurso de posse, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder dos Estados Unidos, Barack Obama, são "líderes renovadores", que representam "um caminho novo e seguro para seus povos".

O novo líder salvadorenho concorreu pela Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), um ex-grupo guerrilheiro socialista convertido em partido político, e rompeu com a hegemonia de quase 20 anos do partido de direita Aliança Renovadora Nacional (Arena).

Segundo Funes, "o presidente Obama provou que é possível reinventar a esperança" e comentou que "Lula demonstrou que se pode fazer um governo popular, democrático e com uma economia forte".

O novo presidente acrescentou que o americano e o brasileiro representam "modelos e experiências distintas", mas que ambos poderão servir de influência para sua administração, desde que se "procure fazer uma síntese do que cada um tem de melhor e, aplicá-las criticamente".

Distância de Chávez

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos líderes internacionais presentes em San Salvador, a capital salvadorenha, onde se deu a cerimônia de posse de Funes, A posse de Funes contou ainda com presença da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que chefiou uma delegação americana de alto nível. Hillary qualificou a eleição do esquerdista como "histórica".Alguns dos mais destacados líderes da esquerda latino-americana não compareceram à posse. Os ausentes mais célebres foram os presidentes de Venezuela, Hugo Chávez, Bolívia, Evo Morales, e Nicarágua, Daniel Ortega. Durante a campanha, Funes procurou se associar ao presidente Lula, a despeito dos esforços do candidato oposicionista, Rodrigo Ávila, do partido de direita Arena, em caracterizá-lo como um seguidor dos ideais de Hugo Chávez. A campanha de Funes foi administrada pelo brasileiro João Santana, responsável pela reeleição de Lula. A primeira dama salvadorenha, a paulistana Vanda Pignato, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores e foi por anos a representante do PT na América Central.
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