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Funcionário da Alerj 'recebeu' salário por sete meses depois de morrer

G1

Um funcionário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) cantinuou tendo salário depositado por sete meses mesmo depois de morto. As informações são do RJTV.

Mas o que parece piada ganha ares de crime depois que se descobre que alguém sacava o dinheiro – R$6 mil por mês – o que deu um prejuízo de mais de R$40 mil.

Na tarde desta terça-feira (2), o deputado Chiquinho da Mangueira (PMDB) tentava explicar o caso. Roberto Firmino dos Santos era assessor parlamentar dele e morreu em fevereiro de 2012. Mas, segundo o jornal Extra, até setembro continuou a ter os vencimentos depositados na conta.

Ele ganhava quase R$6.400 por mês, como mostra a folha de pagamento da Alerj de junho, a última disponível na internet.

O valor foi depositado durante sete meses, totalizando R$44.380.

“Vou ressarcir a casa e a partir daí vou correr atrás do meu prejuízo,” disse Chiquinho.

De acordo com o deputado, o desfalque nas contas da Alerj foi provocado por um erro de uma funcionária.

“Ao invés da minha assessora comunicar o falecimento, encaminhou a exoneração dele. Ela pegou dengue, ficou doente um tempo, e ela não respondeu. ao não responder, o protocolo não exonerou,” afirmou o deputado.

O pedido foi feito à primeira secretaria da Casa, mas segundo a Alerj, o correto seria encaminhá-lo à subdiretoria de pessoal. Roberto Firmino só foi exonerado em setembro. A funcionária Jaciara de Souza Parente foi demitida.

O corregedor da Assembleia Legislativa disse que vai acompanhar o caso de perto. Ele disse que é inadmissível que um deputado não saiba o que acontece dentro do seu gabinete.

“Isso é a máxima do funcionamento de qualquer parlamento, é nossa responsabilidade. Agora, é um caso que não se pode se abrir precedentes em nenhum parlamento brasileiro,” disse o corregedor, o comandante Bittencourt.
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