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Bolívia recebe do Brasil helicópteros doados para luta antidrogas

G1

O governo boliviano recebeu do Brasil nesta quarta-feira dois helicópteros tipo H-1H, de fabricação americana, de um total de quatro doados pelo país vizinho para o combate ao tráfico de drogas, durante cerimônia em Santa Cruz (leste), que teve a presença do presidente Evo Morales.

"É uma alegria depois de muito tempo vir aqui e receber esta importante cooperação para a Bolívia, esta cooperação do Brasil de quatro helicópteros H-1H é um incentivo para o povo boliviano", afirmou Morales no ato celebrado em uma base da Força Aérea Boliviana.

A doação das aeronaves, feita pelo ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, foi acertada em 2008 entre Morales e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embora o Brasil tenha acabado de aprovar legalmente a entrega dos dois helicópteros.

O conselheiro da embaixada do Brasil, Manuel Montenegro, disse à AFP que seu país completará o lote de doação de helicópteros em novembro "no âmbito de um plano geral de ajuda na luta contra o narcotráfico".

"Os helicópteros são do mesmo tipo dos 'Diabos Vermelhos' (unidade militar aérea antidrogas), o que facilita o ciclo de adaptação. Por isso a frota de helicópteros passa de oito (aparelhos) para 12, falamos de 50%", acrescentou o diplomata. São as únicas aeronaves a executar missões antidrogas.

Montenegro também anunciou que o Brasil modernizará quatro carros de combate brasileiros Urutu do Exército boliviano, embora esta assistência não seja para missões antinarcóticos.

Até agora, o Brasil apoia essencialmente o monitoramento de plantios de coca, dos quais a Bolívia detém 27.000 hectares, segundo dados das Nações Unidas.

La Paz não tem dados oficiais de quanta cocaína produz, embora os Estados Unidos tenham destacado recentemente que a produção anual da Bolívia seja de 265 toneladas, menos que no Peru (325 toneladas) e mais que na Colômbia (195 toneladas).

A Bolívia conseguiu apreender no ano passado 29 toneladas de cocaína, droga traficada para Brasil (60%), Argentina (20%) e Chile (20%).
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