Levantamento feito pela CPI do Cachoeira revelando que 75 pessoas e empresas receberam R$ 36 bilhões nos últimos dez anos é o combustível que faltava para o relator Odair Cunha (PT-MG) definir os próximos passos das investigações ao grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos
a partir da segunda semana de outubro.
Segundo o relator, um trabalho específico está sendo realizado para que essas informações sejam obtidas, já que o acesso aos dados de sigilo bancário enfrenta problemas.
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“Estamos indo aos bancos, vendo se o banco fez o envio e se na conversão dos dados na CPMI houve algum problema ou não”, explicou.
A CPI identificou que 93% das 553 mil transações feitas em cheque pelos suspeitos não têm a identificação de quem pagou ou recebeu o dinheiro. Essas movimentações anônimas totalizam, segundo a assessoria do deputado, R$ 2 bilhões.
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Há também R$ 1 bilhão movimentados em transferências bancárias que não foram identificadas. Nesse caso, os bancos têm os dados dos envolvidos, mas os nomes ainda não chegaram à CPI.
A CPI retomará os trabalhos na segunda semana de outubro. Durante o mês de setembro, quando as reuniões estiveram suspensas, os parlamentares se dedicaram à análise da documentação e à apresentação de requerimentos. Atualmente, há 503 pedidos para serem apreciados.