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Notícias / eleições 2012

Ex-deputado diz que Campos cobrou para renovar concessão; Jaime nega

Da Redação - Jonas da Silva

Um vídeo postado na internet na quinta-feira com gravação do ex-deputado estadual Amador Tut (ex-Partido Liberal, fundido com PR) denuncia o ex-governador e senador Jayme Campos (DEM) de cobrar para renovar concessão rodoviária estadual e intermunicipal de Cuiabá a Várzea Grande. O vídeo é da conta “Fora Campos” e tem 6 minutos e meio.

Jayme nega veementemente e diz que nunca licitou linha de ônibus quando governador (1991-1994) e nem como prefeito da cidade. Ele chamou Tut de “variado” e diz que há 15 anos não fala com o ex-deputado. O senador enxerga denuncismo eleitoral. A esposa dele, Lucimar Campos (DEM), concorre à prefeita de Várzea Grande.

“O Jayme chegou em mim e falou assim: pra renovar os contratos de concessões, de todas as empresas, nós temos que repassar um dinheirinho pra nossa caixa aí. Ele ficou sendo a pessoa que representava o governo do Estado, embora fosse prefeito”, descreve Tut ao mencionar fato ocorrido quando o irmão do senador e atual deputado federal Júlio Campos (DEM) era governador (1983-1986).

Tut relata que foi com pagamento a autoridades por intermediários que conseguiu operar em Várzea Grande, praça em que não atuava. “E quando você assume, compra a empresa, você paga pro dono da empresa. Mas não, paguei pro Jayme Campos oitocentos mil dólares. E o Jayme recebeu ainda do Augusto mais mil e duzentos dólares”, revela.

Senador

O senador rebateu as acusações e disse que vai pedir para o advogado tomar providência. “Não vou tomar nada de providência com um variado desse. Vou falar com meu advogado. Eu estou tranquilo”, afirma para o Olhar Direto.
“Por favor, nunca renovei concessão. Esse cara é um louco, tem 20 que saí do governo. Nunca licitei linha de ônibus, tanto é que o governo está fazendo agora”, rebateu.

“É muito fácil falar de alguém. Se quiser eu coloco aí contra qualquer um. Isso é política. Tem 15 anos que não vejo Tut. Quando fui governador ele era deputado, porque não denunciou na época?”, questiona sobre o fato de o vídeo está na internet.
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