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CPI do Cachoeira retoma trabalhos na próxima semana

G1

Após mais de um mês sem a realização de audiências para ouvir testemunhas, a CPI do Cachoeira, que investiga as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários, retorna suas atividades na próxima semana. Os integrantes da CPI haviam decidido suspender a comissão por causa da participaçao de parlamentares em campanhas das eleições municipais.

A primeira reunião da volta da CPI já está marcada para a próxima terça-feira (9). Neste dia, está previsto o depoimento do deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), a partir das 15h. O parlamentar é considerado suspeito de ter envolvimento com os negócios do contraventor. Segundo a Polícia Federal, Leréia mantinha relação próxima com Cachoeira e, conforme gravações de escutas telefônicas, chegou a receber a senha do cartão de crédito do bicheiro.

Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal e que estão com a CPI apontam a proximidade entre o deputado e o contraventor. Em uma das gravações, feita no dia 3 de junho de 2011, Leréia afirma que estava indo à sede da Construtura Delta para conversar com Cachoeira. Esta é a segunda convocação de Leréia à CPI. No começo de setembro, ele encaminhou um comunicado à CPI dizendo que não iria, alegando compromisso pessoais.

Desta vez, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), espera que o deputado compareça. Leréia não foi localizado pela reportagem do G1 para falar sobre a audiência.

“O convite foi feito. Espero que ele [Leréia] venha e traga a defesa dele diante daquilo que foi dito”, disse o presidente da comissão.

Já na quarta (10), os integrantes da comissão se reúnem a partir das 10h15 para análise de requerimentos. Há mais de 300 requerimentos acumulados para análise. Entre eles, os que pedem a quebra de sigilos das empresas suspeitas de serem fantasmas no esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira.

Segundo o presidente da CPI, além dos requerimentos, os líderes partidários que compõem a comissão também devem começar a analisar o pedido feito pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) para prorrogar a CPI. A comissão tem prazo para funcionar até o dia 4 de novembro, mas pode ser prorrogada por mais 180 dias. Para que a prorrogação aconteça, são necessárias, no mínimo, 27 assinaturas no Senado e 171 na Câmara, mesmo número que foi preciso para a criação da comissão.

“O pedido vai ser analisados pela liderança na próxima semena. Eles que vão decidir”, disse o presidente da comissão.


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