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Esquema falha, ataque é anulado e Kleina perde 100% no Palmeiras

Terra


Gilson Kleina resolveu mexer no time que estava ganhando. Após três vitórias consecutivas à frente do Palmeiras, o treinador decidiu modificar justamente no ponto forte da equipe antes do clássico contra o São Paulo, no Morumbi: o ataque. Mas, com um esquema diferenciado neste sábado, o treinador viu o Palmeiras ser completamente dominado pelo rival tricolor nesta 28ª rodada e acabar com uma vitória contundente por 3 a 0, colocando fim ao aproveitamento perfeito do substituto de Luiz Felipe Scolari no comando palestrino.

A grande aposta de Gilson Kleina em seu primeiro clássico à frente do São Paulo era controlar a posse de bola no meio de campo para, de alguma forma, surpreender a equipe tricolor no Morumbi. Para isso, escalou um Palmeiras sob um esquema 4-5-1 (e não com o habitual 4-4-2), isolando o artilheiro Hernán Barcos no ataque. Não deu certo.

Vítima de uma marcação cerrada o ataque são-paulino, o Palmeiras pouco conseguiu criar no primeiro tempo do clássico. Valdivia, um pouco mais adiantado, era apenas uma sombra do que já apresentou com a 10 alviverde às costas. A bola também mal chegava a Daniel Carvalho. E nenhum dos três volantes conseguia arquitetar alguma jogada mais ofensiva: sempre estavam vigiados de perto por um marcador tricolor.

Foram escassas as oportunidades de gol do Palmeiras no primeiro tempo: três chamaram a atenção e ofereceram um pouco mais de perigo ao goleiro Rogério Ceni. Duas delas com Barcos, quando conseguiu receber de costas para a defesa rival e tentou finalizar com giro. Não levou muito perigo.

Kleina, que havia visto o Palmeiras fazer nove gols nos três jogos anteriores, tinha um ataque ineficiente neste sábado. E pior: já perdia por 2 a 0, depois de gols de Luís Fabiano e Denilson. O treinador identificou o problema e tentou fazer as correções necessárias na volta o intervalo, sacando o volante Márcio Araújo para a entrada do atacante Luan e trocando Daniel Carvalho por Tiago Real na armação.

Em um momento fugaz foi possível detectar uma melhora, e nos primeiros minutos de jogo o time palmeirense conseguiu de fato preocupar Rogério Ceni. Mas essa melhora durou pouquíssimo. Oito minutos, mais especificamente. Foi o tempo para que o lateral Artur acumulasse o segundo cartão amarelo e fosse expulso de campo pelo árbitro Paulo César de Oliveira.

O novo 4-2-1-2 do Palmeiras precisou ser sacrificado. Kleina teve que improvisar um 3-5-1, com Henrique, Maurício Ramos e Román na defesa; Corrêa na ala direita (entrou no lugar do lateral esquerdo Juninho depois da expulsão), Marcos Assunção, Valdivia e Tiago Real no meio de campo e Luan na ponta esquerda. Barcos no ataque. Sozinho novamente. Isolado.

O São Paulo soube tirar proveito desse panorama e selou a vitória tranquila na partida deste sábado com Luís Fabiano, finalizando a contagem aos 24min. A situação ficou ainda pior para o Palmeiras, que passou a ouvir gritos de ¿segunda divisão¿ da torcida tricolor e terminou o jogo com nove homens em campo: Valdivia, com dores no joelho, deixou o gramado aos 35min - Kleina não poderia fazer mais nenhuma substituição.

Ao Palmeiras, agora, resta aproveitar os cinco dias para se recuperar até o próximo compromisso no Campeonato Brasileiro: quinta-feira, às 21h (de Brasília), diante do Coritiba no Estádio o Pacaembu. O time de Kleina continua na 18ª colocação da tabela, na incrustrado na zona de rebaixamento, com 26 pontos (seis a menos que os alviverdes paranaenses, donos da 16ª posição).
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