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Estudo mostra que quase metade das crianças autistas foge de casa

Bem Estar

Quase 50% das crianças americanas autistas fogem de casa e mais da metade esteve desaparecida tempo suficiente para preocupar os pais, aponta estudo publicado esta segunda-feira (8) nos Estados Unidos.

Este comportamento, responsável por muitos acidentes fatais, chega a proporções alarmantes, alertaram os autores deste estudo, realizado com uma amostra de mais de 1.200 famílias e publicado na revista americana "Pediatrics".

Os autistas que correm o maior risco são aqueles com deterioração intelectual importante, alguns dos quais não respondem quando chamados pelo nome, relatou o autor principal do estudo, Paul Law, do Instituto Kennedy Krieger e diretor da Rede Interativa do Autismo (IAN, na sigla em inglês), a maior rede dos Estados Unidos especializada em pesquisa online sobre o transtorno.

A pesuisas indicou que 49% dos pais de crianças autistas com 4 anos de idade ou mais sofreram pelo menos uma fuga. Para 25% destes pais, o filho fica desaparecido tempo suficiente para gerar preocupação. Em média, as fugas duram 40 minutos.

Os pesquisadores também notaram que 46% dos autistas de 4 a 7 anos fugiram, um percentual quatro vezes superior ao de seus irmãos e irmãs que não sofrem do transtorno.

Aos 8 e aos 11 anos, 27% das crianças autistas fugiram alguma vez em comparação com 1% de outras crianças da família. Em um ano, 29% dos pais reportaram que seu filho autista praticou múltiplas tentativas diárias de fugir, enquanto 35% informaram várias tentativas pelo menos uma vez por semana.

A fuga consistia em ir à casa de outra pessoa (74%), ir a uma loja (40%) e à escola (29%). Os pesquisadores afirmaram que é necessário fazer estudos adicionais para determinar se há tipos de fuga que demandem estratégias específicas de prevenção.

O autismo, a síndrome de Asperger e outros transtornos similares são diagnosticados em uma de cada 88 crianças nos Estados Unidos, segundo os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDCs).
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