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UE recomenda cultivo de transgênicos separado, em 'zonas dedicadas'
AE-Dow Jones
Produtos agrícolas geneticamente alterados deveriam ser cultivados na Europa em áreas separadas daqueles convencionais, a fim de evitar problemas ambientais, afirma o relatório Co-Extra, divulgado hoje pela União Europeia. O documento resulta de uma pesquisa de quatro anos, financiada pela Comissão Europeia.
Como as áreas de cultivo na Europa são relativamente pequenas e ventos podem espalhar por longas distâncias o pólen de plantas geneticamente alteradas, ou transgênicas, essas culturas deveriam ter "zonas dedicadas", avalia o Co-Extra. "A distância (entre as zonas) dependerá da biologia. Algumas plantas podem se disseminar por distâncias de 30 quilômetros", disse o agrônomo Yves Bertheau, do Instituto de Pesquisa Agronômica da França. Ele reconheceu que a implementação da ideia enfrentaria dificuldades, que ela ainda precisaria ser tornada um consenso e que seria necessário buscar meios práticos e legais para aplicá-la.
O cultivo de transgênicos é uma realidade de mercado nas Américas e na China. Na Europa, entretanto, há forte resistência de ambientalistas. Eles dizem temer os efeitos da polinização cruzada entre transgênicos e plantas comuns.