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Cientistas localizam colônias de pinguins por meio de excrementos

EFE

Um grupo de cientistas britânicos conseguiu localizar as colônias de pinguins-imperador que vivem na Antártida, graças às imagens de seus excrementos captadas por um satélite a partir do espaço, em descoberta que foi publicada na revista "Global Ecology and Biogeography" nesta terça-feira (2).

A equipe de cientistas examinou a costa da Antártida por meio das imagens e localizou 38 colônias de pinguins-imperador, dez delas novas.

Das colônias já conhecidas, seis mudaram de localização e outras seis não foram encontradas.

Estas colônias não localizadas se encontravam a uma latitude similar à da zona analisada. Tal dado sugere que a mudança climática pode estar pondo em risco a presença de pinguins-imperador no continente antártico.

"Não pudemos ver os pinguins nos mapas do satélite porque a resolução não é suficientemente boa. Entretanto, durante o período de reprodução, eles permanecem em colônias. O gelo fica mais sujo --e o que podemos ver são as manchas de excremento", explicou Peter Fretwell, membro do grupo de cientistas.

Os pinguins-imperador passam boa parte de suas vidas no mar, mas durante o inverno da Antártida --quando as temperaturas ficam abaixo de -50ºC-- as aves retornam ao gelo para o período de reprodução.

No entanto, este é justamente o momento em que os cientistas tinham mais dificuldades de localizá-los.

"É uma novidade muito importante. Agora sabemos exatamente onde estão os pinguins. O próximo passo será contar os membros de cada colônia e ter uma ideia muito mais aproximada de quantos animais há", declarou o pesquisador Phil Trathan.

O objetivo deste estudo é avaliar o impacto da mudança climática nestes animais, uma questão que preocupa especialistas, já que o aquecimento do planeta está provocando uma diminuição da quantidade de gelo na Antártida.
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