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Notícias / Ciência & Saúde

Dívida do Estado é de quase R$ 7 milhões; Prefeitura vai acionar MPE

De Barra do Garças - Francis Amorim

A Prefeitura de Barra do Garças perdeu a paciência com o governador Silval Barbosa (PMDB) e hoje aciona o promotor de Justiça Alexandre Matos Guedes, da Promotoria de Justiça da Cidadania de Cuiabá, para receber uma dívida de R$ 6.881.323,92, gerada pelos constantes atrasos nos repasses para a saúde do município. O advogado e suplente de deputado, Cândido Teles, estará nesta quarta-feira (17) na Capital para representar os interesses do município.

Segundo relatório divulgado pela Prefeitura, o atraso nos repasses começou em 2008, primeiro ano da gestão do prefeito Wanderlei Farias, e vem se arrastando mês a mês até chegar a esta soma desde o dia 15 de outubro. “O Hospital Municipal Milton Morbeck e o Pronto Socorro Municipal, responsáveis pelo atendimento de mais de 30 municípios do Vale do Araguaia, poderão entrar em colapso a qualquer momento e a população será prejudicada”, alertou o advogado.

De acordo com a Prefeitura, a dívida do governo do Estado com o município foi progressiva. Começou com R$ 629.262,16 em 2008; R$ 450.488,78 em 2009 e saltou para R$ 1.161.593,77 em 2010, primeiro ano da gestão do governador Silval Barbosa. Já em 2011 o valor subiu ainda mais, R$ 1.810.807,51 e atingiu a quantia de R$ 2.829.171,70 em 2012, atingindo quase R$ 3 milhões nos últimos nove meses e 15 dias.

“A única saída encontrada para reverter esta situação é levar o caso ao Ministério Público Estadual. O promotor Alexandre Matos Guedes já ingressou com uma ação civil pública exigindo do governo o repasse aos municípios de Várzea Grande e Cuiabá e queremos que seja estendido a Barra do Garças. É um direito do município que queremos assegurar”, disse Cândido Teles.

Para evitar que o atendimento à população seja comprometido, o prefeito Wanderlei Farias está remanejando verbas de outros setores. “Se não fizer isto, a saúde do município para e toda uma população, não só de Barra do Garças, mas até de cidades do estado de Goiás, será prejudicada, pois todos dependem do Hospital Municipal e do Pronto Socorro para atendimento de urgência, emergência e até uma simples consulta”, alerta o advogado.


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