O número de alunos universitários no Brasil alcançou os 6.739.689 no ano passado, o que significa um crescimento de 5,7% em relação a 2010, segundo dados do Censo da Educação Superior 2011.

O maior impulso aconteceu nas instituições públicas, onde houve aumento de 7,9%. Já nas instituições privadas, o crescimento foi de 4,8%.

A percentagem de jovens brasileiros de 18 a 24 anos que realizavam uma careira universitária em 2011 foi de 14,6%.

Segundo o censo, as instituições privadas concentravam no ano passado 73% das matrículas, ou seja, 4,96 milhões de alunos.

Pela primeira vez, as universidade públicas passaram a marca de um milhão de alunos matriculados, segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que atribuiu o resultado à expansão iniciada pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mercadante destacou na terça-feira que o Brasil precisa de "muitos mais jovens universitários" que os que há agora.

"Esse é o primeiro desafio: ampliar o acesso. Pobres, negros, mulatos e regiões menos desenvolvidas necessitam ter mais presença. E tudo deve ser feito com qualidade", disse.

Segundo o ministro, a presença de jovens negros e mulatos aumentou nos últimos 14 anos, já que em 1997 apenas 1,8% da população negra de 18 a 24 anos de idade estava cursando ou já tinha se formado na universidade, enquanto no ano passado a quantidade chegou a 8,8%.

O ministro disse que as políticas de inclusão são "indispensáveis" para o país e defendeu a lei de cotas raciais que entrou em vigor na segunda-feira e que obriga as universidades federais a oferecer metade de suas vagas a alunos negros, índios ou alunos de escolas públicas. EFE