O enviado especial dos Estados Unidos para Paquistão e Afeganistão, Richard Holbrooke, revelou nesta quarta-feira, em Islamabad, que o presidente Barack Obama encaminhou ao Congresso uma ajuda adicional de US$ 200 milhões para os 2,4 milhões de deslocados pela operação militar contra o grupo islâmico radical Taleban.

Holbrooke falou em entrevista concedida junto ao presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari.

O enviado de Obama, que chegou nesta quarta-feira à capital paquistanesa, afirmou que, se o Congresso aprovar o pedido, Washington destinará ao todo "mais de US$ 300 milhões" em assistência a civis que abandonaram as casas no norte do Paquistão, onde o Exército lançou uma ofensiva em grande escala contra os talebans.

Holbrooke reiterou que os EUA estão "comprometidos a ajudar o Paquistão e a fortalecer sua democracia para conseguir a estabilidade na região" e pediu que a comunidade internacional doe mais fundos a Islamabad. "Todos os que querem um Paquistão democrático e estável devem se unir aos EUA", insistiu.

Em 19 de maio passado, a secretária de Estado Hillary Clinton já tinha anunciado uma ajuda urgente de mais de US$ 100 milhões.

Diante da magnitude do êxodo civil no Paquistão, a ONU (Organização das Nações Unidas) fez recentemente um pedido coletivo de fundos para o país, porém a ajuda obtida continua distante do objetivo de US$ 1 bilhão fixado pelo governo paquistanês.

Zardari declarou que, para ganhar a guerra, "é preciso conquistar as mentes e os corações" dos cidadãos e insistiu na sinceridade do Paquistão em sua luta contra a insurgência taleban. "Defenderemos nossa pátria contra toda ameaça."

Em seus informes diários sobre a operação militar, o Exército paquistanês não oferece números sobre vítimas civis.