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Microsoft não acredita que Windows 7 perderá espaço para o Android
Reuters
O vice-presidente corporativo para fabricantes de equipamento original na Microsoft, Steve Guggenheimer, afirmou nesta quarta-feira (3) que não acredita que os consumidores comecem a optar pelo sistema operacional Android, do Google, em vez dos produtos Microsoft. Isso porque, segundo ele, há questões em torno de compatibilidade, o uso do Linux como base e a falta de softwares compatíveis com o sistema operacional concorrente.
"Estou razoavelmente cético quanto aos consumidores começarem a optar pelo Android imediatamente. Eles vão querer que suas impressoras funcionem com a máquina, que o seu software funcione", disse Guggenheimer, em entrevista à Reuters na feira de computação Computex.
"Não existe um ecossistema completo em torno do Android", acrescentou Guggenheimer, cujos comentários surgem um dia após a Acer ter sido a primeira empresa a anunciar que venderá um computador pessoal acionado pelo Android, uma decisão que pode ameaçar o domínio da Microsoft sobre o mercado de sistemas operacionais para computadores.
A Microsoft anunciou ainda que seu novo sistema operacional Windows 7 não poderá ser usado em netbooks acionados por chips ARM, o que representa um golpe nas esperanças da empresa britânica de se tornar participante importante do setor.
A informação surge dias depois de a ARM anunciar planos de conquistar uma posição no crescente mercado de netbooks este ano, além de ter expectativa de abocanhar 30% do mercado em 2010.
A ARM havia anunciado anteriormente que os netbooks equipados com os seus chipsets teriam um sistema operacional baseado em Linux, por questões de baixo custo e melhor adaptação às necessidades de programadores.
"Para as pessoas que desejam um computador pessoal, ainda que com chipset diferente, não acreditamos que isso venha a funcionar muito bem", disse Guggenheimer.
"Aprendemos, no ano passado, que se o aparelho parece um computador pessoal e funciona como um computador pessoal, as pessoas desejam os recursos e benefícios de um computador pessoal", afirmou o executivo.
A ARM não comentou o anúncio da Microsoft de imediato.