A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os financiamentos das obras da Copa do Mundo e, principalmente, da Arena da Baixada. A CPI foi um pedido do deputado Fábio Camargo (PTB) e recebeu 19 assinaturas, um a mais que o número mínimo para a criação.

A comissão terá 120 dias e foi motivada para investigar possíveis problemas nos acordos para a reforma da Arena da Baixada. Acusações vieram à tona depois que o diretor do Atlético-PR, José Cid Campêlo Filho, acusou o Atlético-PR de favorecimento de parentes do presidente do clube, Mario Celso Petraglia.

Campêlo revelou que instalação das cadeiras do estádio será feita pela empresa Kango Brasil, em que o filho do presidente é um dos sócios. Além disso, o projeto arquitetônico foi assinado pelo primo do presidente. Durante a semana, o conselho deliberativo do Atlético-PR confirmou o parentesco, mas afirmou que tudo foi feito de forma legal.

Segundo o deputado Fábio Camargo, a CPI foi criada depois da análise do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC-PR) de que o financiamento da Arena da Baixada é com dinheiro público. O Atlético-PR recebeu títulos de potencial construtivo da prefeitura para fazer as obras. Além disso, vai receber via Agência de Fomento do Paraná, o financiamento de R$ 184 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES).

- A imoralidade já foi comprada. Agora vamos avaliar a legalidade, disse Camargo.

Ainda conforme ele, o primeiro passo da comissão será o mapeamento e rastreamento de todas as empresas contratadas pelo Atlético-PR. A instalação da comissão está prevista para começar na próxima semana.