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Dormir pouco aumenta o apetite e a obesidade, aponta revisão de estudos

G1

Uma grande revisão de artigos médicos publicados entre 1996 e 2011 aponta que dormir menos que o necessário mexe com hormônios que podem aumentar o apetite e favorecer a obesidade. As conclusões são de um estudo feito por cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia e publicado na revista "Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics".

Segundo os autores, que elaboraram tabelas comparativas sobre consumo de energia e metabolismo, os níveis de hormônios como grelina (que controla e fome) aumentaram e os de leptina (que age sobre o apetite e o gasto de energia) diminuíram durante a privação de sono, o que pode agir sobre o ganho de peso.

A equipe também analisou as taxas de insulina (hormônio do pâncreas, que quebra o açúcar), glicose (açúcar) e cortisol (hormônio do estresse) dos pacientes. Foi encontrada uma menor sensibilidade à insulina, o que pode aumentar o risco de diabetes.

Mais de 35% dos americanos adultos são obesos e 28% dorme menos de 6 horas por noite. Os pesquisadores, liderados pela professora de ciências da nutrição Sharon Nickols-Richardson, destacam que mudar o estilo de vida, como foco na alimentação e na atividade física, é importante para controlar a gordura corporal, mas alterações na rotina diária, como hábitos de sono melhores, também ajudam a regular o balanço energético.

O estudo diz que novos trabalhos são necessários para determinar os efeitos da privação de sono sobre a composição corporal – quanto há de gordura e músculos no corpo.
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