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Notícias / Educação

Total de redações anuladas no Enem aumenta168% em período de 3 anos

De Brasília - Vinícius Tavares

O número de redações anuladas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aumentou 168% entre 2009 e 2011, contra um crescimento de 59% no número de redações corrigidas. Os dados foram disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) por meio da Lei de Acesso à Informação.

Em 2011, foram anuladas 137.161 redações - o que representa 2,5% do total de pessoas que fizeram a prova, contando os alunos que entregaram a redação em branco. Na comparação entre 2007 e 2011, a discrepância é ainda maior. Enquanto a variação de textos corrigidos no período foi de 50%, o aumento de textos anulados ficou em 661%. Em 2007, apenas 18.030 textos foram anulados. Já o número de redações entregues em branco - que inclui os faltosos - cresceu 71,5% entre 2007 e 2011.

Os dados mantêm relação com mudanças nas regras de correção, com as diferentes propostas de redação a cada edição do exame e também com o perfil dos inscritos, segundo especialistas. Além de vestibular, o Enem passou a ser usado após 2009 como certificação do ensino médio e de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e como critério para bolsas no Programa Universidade Para Todos (ProUni) e financiamento estudantil.

Para o Inep, a quantidade de redações identificadas como anuladas/fuga ao tema apresenta uma relação direta com o tema da redação proposto para cada edição do Enem. Outra explicação tem relação com o perfil das pessoas que procuram realizar o exame, já que 46% dos inscritos tinham mais de 21 anos e muitos estavam afastados do sistem.

Essa abrangência de usos é espelhada nas regras para correção da prova, principalmente no tamanho do texto. O candidato que escrever oito linhas já garante o direito de ter nota - caso não desrespeite outros critérios. Além de não seguir o tamanho mínimo, um candidato terá zero se fugir ao tema proposto ou não obedecer à estrutura de texto dissertativo argumentativa. Ou seja, desenhos, poemas, letras de música e narrações estão proibidos. (Com Inep e Agências)
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