A coligação do candidato a prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) fará representação contra o secretário da Casa Militar, coronel Ildomar de Macedo, por crime de abuso de autoridade e uso da máquina pública, conforme prevê a lei federal 4.898/1965 pelo que considerou "farsa eleitoral e armação" de compra de votos coordenada na noite de ontem pelo oficial militar. Mauro e assessores devem se reunir ainda nesta sexta-feira com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) para tratar do assunto.
O concorrente do PSB, seu coordenador, deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), o senador Pedro Taques (PDT) e o coordenador da região do bairro Cidada Alta, Paulo César 'Gatão', acusado de compra de votos, concederam entrevista coletiva nesta sexta-feira para rebater a tentativa dos adversários de incriminar a campanha.
Ex-jogador detido por suposta compra votos para Mauro Mendes
"Ele [coronel Macedo] determinou: 'pode levar o cidadão'. Demorou uma hora e 15 minutos no Cisc Planalto, o delegado de plantão viu a lista de presença do pessoal que trabalha conosco, não encontrou nada e falou pode continuar seu trabalho. Desculpe, foi um lapso. Boa noite", completa Paulo César, o coordenador, sobre o desfecho do caso na delegacia.
Paralelamente, o deputado Pinheiro pedirá esclacimentos ao comando da Polícia Militar sobre a participação do coronel na ação. Todos explicaram que as pessoas que estavam com o coordenador estão contratadas na campanha.
"Uma farsa eleitoral, montada com a conivência de quem tem cargo público no Estado. É mais uma tentativa do candidato do PT de criar factóide, de criar armação para enganar o eleitor", informa um Mauro Mendes irritado.
"Fardado, o chefe da Casa Militar, ex-chefe de gabinete do governador Silval Barbosa, o coronel Macedo, que pertence à equipe de guarda-costas do ex-secretário Eder Moraes, um dos coordenadores da campanha de Lúdio, determinou que o capitão da ocorrência desse voz prisão ao coordenador, de forma arbitrária", repudia o deputado.
O senador Pedro Taques nominou de crime o que ocorreu com a ação do militar. "Temos o uso da máquina, abuso de poder político, abuso de poder econômico". Ele parabenizou o delegado do Cisc Planalto por ser "um homem de bem".
"Se fosse um fantoche, ele teria aceitado a ordem dos que usam a máquina para disputar a eleição", argumenta Taques.
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